O Avante oficializou o
deputado federal André Janones como candidato do partido à presidência da
República nas eleições de 2022 durante convenção do partido realizada neste
sábado (23/7), no Minascentro, centro de convenções localizado na capital
mineira, Belo Horizonte.Janones fez críticas ao modelo de investimento na educação brasileira (Foto: Reprodução/Avante)
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nas redes sociais, Janones apareceu como surpresa nas pesquisas de intenção de
voto no começo deste ano. Segundo a última pesquisa Datafolha, o deputado
federal é o quarto colocado em intenções de voto, com 2%.
O
advogado de 38 anos disse que decidiu se candidatar após ter pontuado bem em
uma pesquisa do Ipec em dezembro do ano passado. A partir daí, passou a se
colocar como uma opção diferente da polarização Lula-Bolsonaro.
O
candidato discursou por cerca de uma hora e afirmou ter “compromisso com o
povo”. Defendeu uma reforma tributária com os mais ricos pagando mais impostos
que os mais pobres e falou sobre redução da desigualdade social, colocando a
manutenção de um programa de assistência social com renda de pelo menos R$ 600
por mês - que pode aumentar de acordo com o tamanho da família.
“Durante
a luta pelo auxílio emergencial, eu descobri a falácia do 'ensinar a pescar e
não dar o peixe'. Eu descobri que nós temos que, no Brasil, praticar a política
do 'e' e não do 'ou'. Não é dar o peixe ou ensinar a pescar, mas dar o peixe e
ensinar a pescar", disse Janones.
"Só
de poder dizer que temos um projeto para o país já faz tudo valer a pena. Hoje
temos um processo que contempla todas as áreas: saúde, segurança, educação,
agro. Todas as áreas e todos com a mesma mensagem e o mesmo objetivo: a
diminuição da desigualdade social no Brasil", acrescentou.
O
candidato também contestou um comentário do ministro da Economia Paulo Guedes,
que disse que um pagamento de R$ 600 de auxílio desencorajaria o povo a
trabalhar.
"É
mentira o que o ministro da Economia disse sobre o povo brasileiro: "se
pagar R$ 600, não vai querer trabalhar'. O povo brasileiro é honesto e
trabalhador", disse Janones, que ainda ressaltou que após anos relutando,
o governo federal decidiu aumentar o Auxílio Brasil nas proximidades das
eleições.
"De
15 dias para cá, da noite para o dia o presidente passou a defender auxílio de
R$ 600. Então, populistas e demagogos não éramos nós. O tempo passou e mostrou
quem estava com a verdade [...] nosso plano é manter um investimento permanente
e não eleitoreiro com data de validade como a gente tem hoje no nosso país”,
contestou.
Janones
também fez críticas ao modelo de investimento na educação brasileira. Segundo o
candidato, o foco dos recursos públicos não deve ser destinado "só ao
ensino superior".
"Precisamos
de uma educação básica de qualidade. Chega de investir só no ensino superior. A
gente precisa formar pessoas capacitadas. Hoje com o mercado digital você tem
muitas opções fora das universidades. Não estou defendendo parar de investir
nas universidades, defendo também um amplo investimento, mas tomando cuidado
com o ensino básico", argumentou.
Com
informações portal Correio Braziliense
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