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Perplexidade, insatisfação e até revolta (na convenção de Camilo para governador em 2014).

No meio político, a indicação do nome de Camilo Santana para disputar a chefia do Executivo estadual, a tomar pelas manifestações de alguns dos presentes na convenção que a oficializou, desagradou mais que agradou. Domingos Filho, o vice-governador, o deputado Mauro Filho e o presidente da Assembleia, deputado Zezinho Albuquerque, apesar dos discursos aceitando terem sido preteridos por um político de outro partido, não estão nada resignados.

Na convenção que homologou o nome de Camilo Santana em 29 de junho de 2014, sem os candidatos a vice e a senador. Foto: Reprodução.

O fato de as vagas de vice-governador, oferecida a Zezinho Albuquerque, e de senador, a Mauro Filho, na chapa de Camilo não terem sido preenchidas no evento de ontem, confirmam o desgosto. Quanto a Domingos Filho, com certeza, não era emprego vitalício que ele estava procurando, pois uma vaga no Tribunal de Contas a ele já havia sido oferecida para renunciar o lugar de vice-governador, no início de abril, quando Cid cogitava deixar o Governo, para tornar elegível o irmão Ciro Gomes (posteriormente Domingos aceitou a vaga no extinto TCM).

Deputados e outras lideranças do PROS, e de partidos aliados, exceção dos petistas ligados ao Governo, demonstravam perplexidade, insatisfação e até revolta com a indicação de Camilo. Eram insistentes as indagações, na manhã de ontem (domingo, 29 de junho de 2014), do tipo: “em que Camilo é melhor que os nomes do PROS” referindo-se a Domingos, Mauro e Zezinho, três dos nomes que mais trabalharam para disputar a sucessão de Cid. Na resposta à própria pergunta alguns diziam ter o governador cedido à imposição do PT, depois de o deputado José Guimarães ter sido preterido para ser candidato ao Senado.

A grande maioria dos aliados de Cid é contra o PT. A convivência que têm, no Ceará, desde 2006, é apenas tolerável, daí a insatisfação por admitirem a possibilidade de o Estado vir a ser governado por um petista. Alguns dizem até já ter expressado sua posição, via mensagens eletrônicas, a Cid e Ciro Gomes, a partir de sábado, quando ficou acertado ser Camilo o candidato a ser apoiado pela coligação liderada pelo governador.

Os revoltosos, defensores das postulações dos filiados ao PROS, expressavam solidariedade aos defenestrados, após terem sido estimulados a desenvolverem o trabalho de conquistas de apoios para se fortalecerem como candidato, individualmente, dentro do partido. Para aqueles (revoltosos), Cid deveria ter evitado esse constrangimento a seus mais ilustres correligionários, a partir do presidente da Assembleia, do vice-governador, e do ex-secretário da Fazenda dos últimos anos.

Ganho

Aproveitando o momento, o senador Eunício Oliveira, antes da sua convenção, também ontem (29 de junho de 2014), falou muito ao telefone com vários governistas. Ainda não é possível avaliar o quanto ele poderá ter de ganho com essa nova realidade da política cearense. Mas, há convicção, da parte de seus apoiadores, ter sido a sua candidatura beneficiada com a adesão do DEM, PPS e possivelmente do Solidariedade (SD), partidos, cujas direções nacionais, têm resoluções impedindo alianças com candidatos do PT. Todos eles estavam relacionados na coligação com o PROS.

Os próximos dias, como as últimas 48 horas, também deverão ser de intensa negociação. Do lado do Governo para apagar a poeira deixada com a decisão do governador, para alguns, já amadurecida por Cid há um certo tempo. Da outra parte, com a oposição, liderada por Eunício, fazendo gestões para colher frutos e ampliar seus apoios, sobretudo no Interior cearense.

A primeira dificuldade para o governador Cid, que começou a tentar superar, ontem (29 de junho de 2014), será preencher a chapa majoritária, após a reação de dois dos seus principais amigos e correligionários de longas datas, Zezinho Albuquerque e Mauro Filho (e de Izolda Cela, que sequer foi participar da convenção. Ela só foi indicada para vice, depois de Zezinho não aceitar integrar a chapa majoritária e Mauro Filho concordar em disputar o Senado).

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