Meninas de até 14 anos representam 88% das vítimas de casos de abuso sexual no Ceará em 2021, de acordo com o levantamento da Secretaria da Segurança Pública. A estatística mostra ainda que os casos diminuíram 17,1% nos primeiros quatro meses do ano em comparação com o mesmo período do ano passado.
De janeiro a
abril de 2021, foram registrados 432 casos de abuso sexual no estado; enquanto
neste ano foram computados 358.
A delegada
de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente, Joseanna Oliveira, afirmou
que a diminuição se deve ao aumento das operações e prisões contra suspeitos de
praticarem esse tipo de crime.
A Dececa tem um trabalho de
combate contra a exploração sexual principalmente de crianças e adolescentes
com várias operações. Essas operações têm ocasionado com muitas prisões; com
isso, diminuiu o número de casos.
A Dececa
conta com um núcleo especializado para investigar crimes cibernéticos,
principal canal de comunicação entre o criminoso e a criança, conforme a
delegada.
A Dececa conta com um núcleo de
investigação de crimes cibernéticos, uma vez que notamos após investigações que
a internet é uma porta de entrada para a prática criminosa, principalmente
assédio de crianças, ameaças, pornografia infantil, afirmou.
Sinais
da violência sexual infantil
A delegada
reforça da importância de os pais verificarem o comportamento dos filhos
durante o dia a dia. Segundo Joseanna Oliveira, pode ocorrer mudança de
comportamento e distúrbios alimentares.
“As crianças são mais
transparentes. Os pais vão notar uma mudança repentina de comportamento. Geralmente
as crianças ficam mais agressivas, distúrbios alimentares, de sono, crianças
que se alto lesionam, elas começam a desenvolver depressão infantil.”
Denunciar
é fundamental
Casos de
abuso ou exploração sexual infantil podem ser denunciados pelo Disque Direitos
Humanos – Disque 100, disponível 24 horas, e pelo site.
Após o
registro a denúncia feita será enviada para Polícia Militar, Delegacia da
Criança e do Adolescente, Delegacia da Mulher, Conselhos Tutelares e Ministério
Público. As denúncias podem ser anônimas e, em todos os relatos, a identidade
do denunciante é preservada.
G1 CE
0 Comentários