Efigênia Pereira, 37, recebia o Vale Gás Social no Cras Quintino Cunha, em 2021, quando descobriu ser uma das mães beneficiadas pelo Cartão Mais Infância Ceará. “O valor me ajudou muito, por conta da pandemia, aumento dos preços, a dificuldade em conseguir algum serviço. Na época, o aluguel estava com seis meses de atraso”, conta.
Sua família foi uma das 150 mil que receberam, nesta segunda-feira (16),
a parcela mensal do auxílio. “Recebi hoje R$ 100, fui no banco e já consegui
sacar. Eu sou mãe de quatro filhos, e eles são minha prioridade. Quando eu
recebo o dinheiro é diretamente para comprar alimentos para eles, remédio”,
completa.
A transferência de renda é voltada para núcleos familiares cearenses com
crianças de 0 a 5 anos e 11 meses, que estejam em situação de vulnerabilidade
social. A iniciativa é executada pela Secretaria da Proteção Social, Justiça,
Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS) e integra o programa Mais Infância
Ceará, com o intuito de auxiliar nas necessidades básicas das crianças, como
alimentação, saúde e lazer. De 2017 a 2021, foram investidos mais de R$ 244
milhões pelo Governo do Estado. A expectativa é que, entre janeiro e dezembro
de 2022, seja repassado um total de R$ 192 milhões.
“A transferência de renda é uma complementação a esses orçamentos que
chegam às famílias dos 184 municípios cearenses”, destaca a titular da SPS,
Onélia Santana. “A grande importância é esse olhar nas famílias, focado na
primeira infância. Famílias com renda per capta de até R$ 89, inseridas no Cadastro
Único, residentes no Ceará e que tenha crianças com menos de seis anos de
idade”, finaliza.
Silvana Crispim, supervisora do Núcleo de Gestão de Benefícios
Socioassistenciais e de Transferência de Renda, explica que a iniciativa é uma
estratégia de corresponsabilidade entre Governo do Estado, municípios e
famílias, que precisam ter o acompanhamento da saúde, educação e participação
nas atividades do Paif e dos Serviços de Convivência para ter acesso ao Cartão.
Ela também destaca as atualizações que vêm acontecendo desde o início do
benefício. “Ano passado nós tivemos uma expansão do número de famílias, do
critério da renda per capta, além do valor do benefício, que passou de R$ 85
para R$ 100 reais”.
Ana Flávia, moradora do bairro Quintino Cunha, em Fortaleza, integra
este novo número. “O cartão chegou em um bom momento. Eu sou mãe solteira e no
momento estou desempregada. O Cartão acaba ajudando muito, já paga um leite,
fraldas… principalmente nesse momento, em que está tudo mais caro, muitas vezes
o dobro do preço”, reflete.
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