A Polícia Civil confiscou, em quatro anos no Ceará, 432 veículos, dentre eles, carros luxuosos, além de uma aeronave durante operações policiais. Os agentes também confiscaram 142 imóveis, como casas, apartamentos, pontos comerciais e terrenos, além de valores escondidos em contas bancárias e até mesmo joias de alto valor. Somando-se os valores de todos os bens apreendidos de organizações criminosas, o total ultrapassa a faixa dos R$ 187 milhões.
O delegado geral da
Polícia Civil do Ceará, Sérgio Pereira, afirma que os bens foram confiscados de
membros de organizações criminosas que estão na função de chefia. Eles ostentam
carros de luxo, mansões e até mesmo gado em fazendas.
"São membros de
organizações criminosas. Geralmente eles estão na cúpula da estrutura. Eles não
se submetem à aquele risco que tem o criminoso da ponta, que é quem comete
homicídio, e eles se arriscam pouco e ganham muito, e quem tá na ponta se
arrisca muito e muitas vezes paga com a vida por conta dessa disputa entre
eles", conta o delegado.
À frente das
investigações, Pereira também afirma que as organizações criminosas crescem
devido ao tráfico de drogas, que visam o lucro e "tentam se comportar como
uma empresa".
"Geralmente, essas
organizações criminosas são constituídas e têm como crime-mãe o tráfico de
drogas. Tem o estelionato, mas o que sobressai mais é o tráfico de drogas. Não
existe organização criminosa que se forma para matar pessoas. Esses criminosos,
essas organizações formadas por esses bandidos, visam o lucro. Eles tentam se
comportar como uma empresa, nem que para isso eles cometam homicídios, aí vem o
problema do homicídio", explica.
Investimento
na segurança pública
Ainda segundo o delegado, os bens apreendidos, quando não há vítimas, como em casos de roubos, são revestidos em investimento na segurança pública do estado, um trabalho conjunto de inteligência que envolve várias forças de segurança.
Por g1 CE
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