O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), Através do Centro
de Apoio Operacional da Infância e da Juventude (CAOPIJ), com o apoio das
Secretarias Municipais de Assistência Social de todo o Estado, realizou uma
pesquisa para mapear questões relacionadas ao aspecto protetivo e
socioeducativo de crianças e adolescentes em cada município.Foto: Reprodução.
A
averiguação, foi implementada por meio de um formulário eletrônico, o MP obteve
respostas de todas as localidades cearenses consultadas e irá contribuir para o
lançamento de estratégias para a concretização de projetos nesse sentido para
os anos de 2022 e 2023.
Na
questão protetiva, foi consultada a existência de programas de apadrinhamento,
os quais procuraram agregar relações afetivas a crianças e adolescentes que
vivem em instituições de acolhimento.
O
MP diagnosticou também a realização de audiências concentradas, que são medidas
de reavaliação da situação jurídica e psicossocial de cada um desses indivíduos
acolhidos institucionalmente.
A
pesquisa constatou que 174 dos 184 municípios cearenses não possuem programas
de apadrinhamento, dessa totalidade, 137 não realizam as referidas audiências.
O MP também indagou a existência do Plano Municipal Decenal de Atendimento
Socioeducativo nos municípios, entre os consultados apenas 156 enviaram o
documento.
Com
relação à socioeducação, foi pesquisado acerca da existência de equipamento
para a execução da medida socioeducativa de meio aberto, aplicada a alguns
casos de atos infracionários referentes a crimes cometidos por indivíduos
dessas faixas etárias.
As
informações levantadas serão fundamentais para a continuidade do Projeto do
MPCE “Minha Cidade, Meu Abrigo”, que terá como foco a implementação de
programas de apadrinhamento e de fomento na realização de audiências
concentradas, assim como na elaboração de um projeto que fortaleça a execução
das medidas socioeducativas em meio aberto em todo o estado.
Além
das Secretarias de Assistência Social, a pesquisa foi concluída com o apoio do
Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (COEGEMAS-CE),
da Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos
humanos (SPS), do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente
(CEDCA) e da Associação dos Município do Estado do Ceará (APRECE).
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