O Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores no Ceará aprovou ontem (29/01) resolução que indica o governador Camilo Santana (PT) como candidato do partido a senador. Na reunião, foi aprovada ainda emenda que reforça a tese de manutenção da aliança entre PT e PDT no Estado para a eleição deste ano.
Resolução com indicativo da candidatura de Camilo a senador foi aprovada em reunião do Diretório Estadual do PT no Ceará (Foto: Reprodução/Facebook).
“A indicação do nome do atual governador Camilo Santana, para disputar a
vaga de senador pelo Ceará, nas eleições de 2022, na certeza de que estarmos
ofertando à aliança e ao povo cearense, a pré-candidatura de um homem público
devotado ao Ceará e ao Brasil, que muito realiza como governador”, diz trecho
da resolução.
“Nós
fechamos quatro diretrizes: fazer a campanha do Lula no Ceará, manter a aliança
entre PT e PDT, lançar Camilo senador e ampliar nossas bancadas de deputados
estaduais e federais. É o reconhecimento do PT ao governo do Camilo e a
definição da nossa centralidade para a eleição deste ano”, diz o deputado José
Guimarães (PT).
O comando do
partido no Ceará aprovou ainda outra emenda, que presta solidariedade ao
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por “ataques e agressões” que o
petista teria recebido do pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes.
Apesar dos ataques, o partido destaca como central para 2022 a “construção de
uma ampla aliança para as eleições” no Estado.
“Na hipótese
de construção de uma aliança em que não caiba ao PT a indicação do cabeça de
chapa, a campanha ao Senado do governador Camilo será a âncora principal a
partir da qual se organizará o palanque da campanha Lula em nosso Estado.
Camilo senador do Lula”, diz o documento.
Além disso,
o partido aprovou uma série de “pré-condições” para os nomes que irão compor a
chapa para governador e vice da base aliada, destacando como necessárias a
“capacidade de agregar aliados, de exercitar o diálogo e a convivência
democrática, o respeito a outras candidaturas presidenciais e o conhecimento e
comprometimento com o projeto administrativo em curso no Ceará”.
Apoiada por
cerca de 70% dos integrantes do Diretório Estadual, a tese de manutenção da
aliança entre PT e PDT é questionada hoje sobretudo pelos deputados federais
Luizianne Lins e José Airton Cirilo, que defendem que o partido lance
candidatura própria ao Governo do Ceará. Para eles, uma candidatura petista
seria necessária para defender a campanha de Lula no Estado, uma vez que o PDT
lançará Ciro para a disputa presidencial.
“Voltei
a defender o lançamento de uma candidatura própria do PT ao governo, como forma
de garantir a construção de um palanque forte e, principalmente, leal ao
presidente Lula. Sustentamos a importância da formação de uma aliança ampla,
com todas as forças antagônicas ao bolsonarismo e tudo de nefasto que ele
representa. Isso sem abrir mão do protagonismo do PT”, destacou, em nota, Zé
Airton.
"Reafirmamos
nossa defesa de uma aliança ampla e forte em torno de Lula, sem palanques
duplos, sem tergiversação, com todas as forças políticas dispostas a derrotar o
fascismo e reverter o processo de destruição em curso no Brasil", reforça
o deputado. Apesar dos questionamentos, a tese de manutenção da aliança foi
aprovada pela maioria dos integrantes do Diretório.
Com
informações portal O Povo Online
0 Comentários