DO SITE MISÉRIA
O radialista Carlos Alberto Miranda morreu por volta das 9 horas deste domingo num dos leitos do Hospital da Unimed em Juazeiro, onde estava internado há dez dias. Ele era paciente portador de diabetes, se tratava de câncer e sofreu dois Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs). Mirandaço – como era tratado pelos amigos – nasceu em Crato no dia 25 de maio de 1948 e completaria, este ano, 74 anos. O seu corpo está sendo velado no Centro de Velório Anjo da Guarda, no centro de Crato, e será sepultado na manhã desta segunda-feira no Cemitério Nossa Senhora da Piedade naquele município.
Mirandaço - como era tratado pelos amigos - nasceu em Crato no dia 25 de maio de 1948 e completaria, este ano, 74 anos.
Carlos Alberto Miranda morreu na manhã deste domingo no Hospital da Uimed (Foto: Reprodução). |
Enquanto cuidava das enfermidades, passou a
residir no Hotel Viana no bairro Lagoa Seca entre idas e vindas aos hospitais
seja de Recife, Barbalha ou Juazeiro. Após começar atividades no rádio cratense
e, depois, Juazeiro Miranda passou a trabalhar em Recife (PE) onde era muito
conhecido e querido por todos os ouvintes e profissionais da comunicação. Como
lembra o comentarista esportivo Wilton Bezerra, um homem que gostava muito, não
só de fazer amigos, mas estar junto destes.
Depois de 30 anos em Recife, decidiu voltar a
Juazeiro quando aceitou convite do diretor da Rádio Verde Vale AM, Demontier
Tenório, e passou a apresentar um programa no horário vespertino.
Posteriormente, foi contratado pelo Timaço da Vale FM e ainda estava na
esperança de poder voltar a empunhar o microfone juntamente com os narradores
Marco Valério e Delton Sá. É que um desses AVCs lhe causaram problemas na voz e
Miranda sonhava um dia se reabilitar para poder fazer o que sempre mais gostou:
narrar futebol.
Foi escritor deixando um livro sobre frases e
causos que, aliás, costumava citar sempre que conferia o tempo do jogo a cada
cinco minutos se constituindo numa marca sua. Os lances de perigo em que o
atleta se aproximava da marcação do gol, Miranda costumava implorar: “Se vai pro
gol, me chama que eu vou”. Na verdade, a vida desse profissional foi um golaço
pontuando, nos últimos anos, como verdadeiro exemplo de resiliência. Miranda
suportou muitas dores. Não só as causadas pelas enfermidades, mas, sobretudo, a
impossibilidade de voltar a trabalhar ou estar confraternizando com os amigos.
Reveja a recente homenagem que lhe foi prestada
pelo programa Replay, numa parceria com o Site Miséria, apresentado pelo
radialista Tony Souza
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