Na Fazenda Manoel João, em Abaiara, na região do
Cariri, um poço com 100 metros de profundidade está produzindo 50 mil litros de
água por hora, mais do que suficiente para irrigar os primeiros 10 hectares
cultivados de capim para o alimento do seu rebanho leiteiro.
Um sistema de dutos garante a irrigação subterrânea por gotejamento. Produz-se muito mais com muito menos água. E mais: 1) Itapemirim, um desastre anunciado; 2) Maranguape sem água; 3) Bolsas da Europa em baixa,
Foto: Honório Barbosa |
Essa área irrigada será ampliada
para os restantes 90 hectares da propriedade, que produzirá, também, outras
culturas para o alimento humano e animal.
José Moreira de Albuquerque
Júnior, dono da fazenda, está utilizando tecnologia israelense de irrigação por
gotejamento subterrâneo, instalando para isso uma rede de dutos que funciona
perfeitamente.
Assim, produz-se muito mais com
muito menos água, explica Albuquerque Júnior em um vídeo que está sendo
divulgado nas redes sociais.
Mas há outro detalhe que chama
atenção: a Fazenda Manoel João está sendo transformada em espaço de aulas
práticas dos professores da Faculdade de Agricultura do Cariri (Fapec), mantida
pelo governo do Estado, que reunirão lá os seus alunos, vários dos quais farão
estágio na fazenda, tornando-se, assim, transmissores de conhecimento técnico
para os pequenos produtores rurais da região caririense.
Esta informação causou positiva
repercussão no empresariado cearense do agronegócio, que veem na iniciativa da
Fazenda Manoel João um bom exemplo a ser seguido por outras empresas do
setor.
A expectativa é muito boa para a
agropecuária do Cariri, e a razão é esta: dentro de, no máximo, quatro anos, a
população de todas as cidades daquela região do Sul cearense estará abastecida
por águas do Projeto São Francisco e Integração de Bacias.
Consequência: as águas
subterrâneas do Cariri – cujo gigantesco aquífero é anualmente recarregado
pelas chuvas – serão destinadas às atividades agropecuárias.
O agropecuarista João Moreira de
Albuquerque Júnior é mais um ousado empresário que ousa investir no
agronegócio, para o que faz o correto: usa a última tecnologia disponível para
produzir alimentos.
Esta coluna repete o seu mantra:
o melhor do Ceará é o cerense.
ITAPEMIRIM: UM DESASTRE ANUNCIADO
Aproveitando o tema, esta coluna
indaga:
A Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac) serve mesmo para que?
Diante do fracasso da operação da
Itapemirim Linhas Aéreas, que simplesmente cancelou todos os seus voos na
semana passada, num claro sinal de falência, surgem várias perguntas, a
primeira das quais é esta:
A Anac desconhecia a incapacidade
da Itapamirim de sustentar uma empresa aérea, algo de que o mercado turístico
tinha certeza? Milhares de pessoas foram prejudicadas pela empresa
capixaba, e disto tem culpa a Anac, que nada fez para evitar esse caos.
SOCORRO, CAGECE!
Escrevem leitores de Maranguape,
informando, em tom de revolta, que desde a quinta-feira passada está sem água a
população daquela cidade – nacionalmente famosa por ser a terra de nascimento
do genial e saudoso Chico Anísio.
Deve ter havido um problema grave
na rede de água da Cagece, que costuma ser rápida no atendimento de reclamações
desse tipo.
BOLSAS EUROPEIAS NO VERMELHO
Operam no vermelho as bolsas da
Europa.
Causa: o temor do avanço da nova
cepa da Covid-19, a ômicron.
Holanda está desde ontem sob lockdown.
Portugal e Reino Unido estudam medidas mais duras para conter o avanço da nova
variante do vírus.
De acordo com novos informes da
OMS, a ômicron duplica entre 1,5 a 3 dias quando há transmissão comunitária, e
isto está assustando os mercados europeus.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DOBRARÁ DE
TAMANHO
Boa notícia para Juazeiro do
Norte! O consórcio integrado pelas construtoras paulistas Encalso Construções e
Azevedo Travassos venceu a concorrência promovida pela Arena Brasil,
administradora do Aeroporto Regional do Cariri, em Juazeiro do Norte, e de seis
outros aeroportos nordestinos, como o de Recife e o de Campina Grande.
Um comunicado encaminhado a esta
coluna pela Arena Brasil informa:
“As obras do Aeroporto de
Juazeiro do Norte Orlando Bezerra de Menezes estão entre as mais abrangentes,
contemplando a renovação completa do terminal.
“Atualmente com 2,5 mil metros
quadrados, o prédio vai mais que dobrar de tamanho. Ganhando um acréscimo de
3,8 mil metros quadrados, a edificação passará a ter 6,4 mil metros quadrados
de área total. Além disso, o prédio existente passará por reformas. Todos os
ambientes operacionais serão melhorados e ampliados.”
“Também serão instalados novos
equipamentos de inspeção de segurança para bagagens, agilizando as filas e
melhorando o conforto antes do embarque.
“Um dos focos das reformas
estruturais é o investimento em tecnologia e eficiência operacional, em todas
as etapas do processamento de passageiros, bagagens e cargas.
“O pátio de estacionamento de
aeronaves ganhará mais 5,8 mil metros quadrados e uma nova posição para
embarque e desembarque, indo de quatro para cinco pontos.”
DN
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