O Ceará possui apenas dois açudes volume acima de 90% da capacidade e outros 65 com volume inferior a 30%, de acordo com dados do portal hidrológico da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) atualizados até esta segunda-feira (18). A situação deixa o estado em situação de alerta.
Na última quinta-feira (14), os reservatórios de hidrelétricas do
Sudeste e Centro-Oeste, que respondem por mais da metade do potencial de
geração de energia do país, registraram o mais baixo armazenamento médio
de água para esta época do ano desde 2000, quando teve início a série histórica
do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Regiões que preocupam
O presidente da Cogerh, João Lúcio explica que algumas regiões do estado
preocupam mais. Outras estão em situação mais agradável em relação ao volume
dos açudes.
“Temos regiões em situação confortável como por exemplo na região norte
onde temos a bacia do Coreaú e a do Litoral assim como a do Acaraú e na Serra
da Ibiapaba que têm bons níveis de armazenamento. A situação de alerta hoje no
estado são as regiões do Jaguaribe e Sertão de Crateús onde as chuvas
continuaram abaixo da média nesses últimos 12 anos. Essas regiões tem sofrido
mais, em 2021 foi um pouco melhor”, esclarece.
Níveis no Ceará
Os maiores açudes do Ceará seguem em situação crítica. O Castanhão,
principal reservatório a abastecer a região metropolitana de Fortaleza, tem
apenas 9,82% da capacidade máxima. Já o Orós, segundo maior açude do estado,
tem 24,68% do volume máximo.
Castanhão: 9,82%
Orós: 24,68%
Banabuiú: 8,85%
Araras: 69,38%
Germinal: 91,87%
Pacoti: 40,13%
Gameleira: 78,69%
Gavião: 85,79%
Sobral: 80,69%
Caldeirões: 93,18%
Piores volumes
São Domingos (Caridade): 1,14%
Jerimum (Irauçuba): 2,36%
Salão (Canindé): 3,15%
Fogareiro (Quixeramobim): 4,31%
João Luís (Araripe): 5,96%
Banabuiú: 8,85%
Pentecoste: 9,80%
Poço do Barro (Morada Nova): 11,15%
Quixeramobim: 27,85%
Caxitoré (Umirim): 28,17%
Foto: Gioras Xerez/G1 Ceará / Fonte: Portal G1 CE
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