O brasileiro vai ter que se preparar para mais um aumento de preço este ano. Desta vez, de um dos produtos mais amado de milhões: a cerveja. A Ambev, cervejaria dona de marcas como Skol, Brahma, Antarctica, Bohemia e Stella Artois, vai aumentar o preço das cervejas a partir deste sábado (2).
Os reajustes podem variar entre regiões, marcas, embalagens e segmentos.
O aumento já deve começar no sábado (2) | Reprodução |
Segundo apurou a Folha com donos de
restaurantes em São Paulo, a partir de outubro, haverá aumento de 5% a 6%
em cervejas e chope.
A Abrasel (Associação Brasileira de Bares e
Restaurantes) confirma o aumento de preços e afirma que o reajuste deve vir
alinhado com a inflação acumulada nos último 12 meses, em torno de 10%.
Procurada, a Ambev não respondeu até a publicação
desta reportagem.
No comunicado enviado a clientes e distribuidores,
ao qual a Folha teve acesso, a cervejaria –que concentra 60% de
participação de mercado no país– afirma que o reajuste vai seguir, "em
linhas gerais, a variação da inflação, variação de custos, câmbio e carga
tributária”.
De acordo com o comunicado, “os reajustes podem
variar entre regiões, marcas, embalagens e segmentos”.
“Reforçamos o nosso compromisso com a
competitividade das nossas marcas no mercado, visando sempre a boa performance
do volume de vendas da indústria”, diz a Ambev no comunicado.
O mercado de cerveja está estagnado: segundo a
consultoria Euromonitor, este ano a venda de cervejas no Brasil deve atingir R$
197,97 bilhões, uma alta nominal de 7,3% sobre 2020, sem descontar a inflação.
Na opinião de Marcelo Balloti Monteiro, analista do
setor de bebidas da Lafis Consultoria, a pressão de custos está bastante elevada,
em especial, de matéria-prima e energia.
“Mas, em um primeiro momento, o
impacto do aumento de preços deve ser menor na demanda, porque ocorre em um
momento de retomada de diversos eventos e com a aproximação das festas de fim
de ano”, afirma.
FOLHAPRESS
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