Com dados de 60 milhões de
brasileiros vacinados entre 18 de janeiro e 30 de junho, estudo avaliou a
efetividade das vacinas CoronaVac e AstraZeneca para prevenir casos graves de
covid-19, hospitalizações, admissão em UTIs e mortes. No caso da vacina
desenvolvida pelo Instituto Butantan, a CoronaVac, com o esquema vacinal
completo, a pessoa imunizada tem 74% menos risco de morte. Com a AstraZeneca, o
percentual é acima de 90% A autoria do trabalho, publicado na plataforma
medRxiv e ainda em processo de revisão, é de pesquisadores das universidades
federais da Bahia e de Ouro Preto, da Universidade de Brasília (UnB), da
Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e da London School of Hygiene
& Tropical Medicine e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Considerando todas as faixas etárias dos vacinados, entre os que tomaram duas doses da CoronaVac, 54,2% apresentaram risco menor de infecção pelo novo coronavírus, 72,6% menos risco de hospitalização, 74,2% menos risco de admissão na UTI, e 74% menos risco de morte. Para quem tomou apenas uma dose, o risco de infecção caiu pela metade, além disso, o estudo apontou 26,5% menos risco de hospitalização, 28,1% menos risco de admissão em UTI e 29,4% menos risco de morte.
Com a AstraZeneca, os que
completaram a imunização com duas doses apresentaram 70% menos risco de
infecção, 86,8% menos risco de internação, 88,1% menos risco de admissão na UTI
e 90,2% menos risco de morte. Entre os que tomaram uma dose, foi observado um
risco 32,7% menor de infecção, risco de hospitalização caiu pela metade, 53,6%
menos risco de admissão em UTI e 49,3% menos risco de morte.
Os pesquisadores destacam que o levantamento é importante não apenas pelo grande número de pessoas analisadas, mas porque se trata do primeiro levantamento nacional para verificar a efetividade vacinal. Esse dado é diferente da eficácia vacinal, que se dá em um ambiente de condições controladas e ideais.
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