As buscas pelo serial killer, Lázaro Barbosa, seguem intensificadas pela polícia. O polícia afirma ter descoberto nesta quinta-feira (24) o local onde Lázaro Barbosa de Sousa, 32, ficou escondido pelo menos desde o início desta semana. A identificação do local foi possível após a prisão de duas pessoas acusadas de ajudar o foragido a escapar do cerco policial.
Os suspeitos de darem abrigo ao criminoso foram presos.
De acordo com o secretário de Segurança de Goiás, Rodney Miranda, os
dois confirmaram que o foragido passou as últimas noites lá.
"Descobrimos o esconderijo dele. [Era] uma casa com aparato de
ruínas em volta, onde davam guarida pra ele depois de ele furar alguns cercos
que nós fizemos".
Foram presos o fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, 74, e um funcionário
da propriedade, Alain Reis de Santana, 33, suspeitos de dar abrigo a Barbosa.
A reportagem entrou em contato com o advogado Ilvan Barbosa, que atua na
defesa dos acusados. Ele disse que ligaria de volta, mas não houve retorno até
a publicação desta reportagem.
Com a prisão, a polícia reforça uma linha de apuração sobre a existência
de uma rede proteção ao homem acusado de matar brutalmente uma família no
Distrito Federal no início deste mês.
Autoridades afirmaram que há outras pessoas nas cercanias de Girassol,
distrito de Cocalzinho de Goiás (GO), sob investigação por contribuir para que
Barbosa escape da polícia. Nesta sexta (25), a perseguição chegou ao 17º dia.
Coordenador da força-tarefa que mobiliza centenas de agentes, Miranda
disse que a apuração busca esclarecer também se há participação das pessoas
investigadas em crimes cometidos pelo foragido desde que ele fugiu de um
presídio em Goiás em 2018.O secretário afirmou que são pelo menos sete crimes,
a maioria latrocínios (matar para roubar) ou homicídios, ocorrências anteriores
à chacina em Ceilândia, cidade satélite do DF.
Barbosa é acusado de ter assassinado um casal e dois filhos ao invadir
uma chácara para roubar no dia 9 de junho. Cláudio Vidal de Oliveira, 48 anos,
Gustavo Vidal, 21, e Carlos Eduardo Vidal, 15, foram assassinados no local. Os
corpos estavam sob folhas para que não fossem vistos pelas buscas aéreas da
polícia.
Cleonice Andrade, 43, foi levada como refém e seu corpo foi localizado
três dias depois às margens de um córrego, sem roupas. De acordo com a polícia,
a vítima foi executada com tiro na nuca.
Desde então, relatos apontam que ele invadiu outras propriedades no DF e
em Goiás, baleou moradores de uma chácara, fez reféns em outra. Trocou tiros
com um funcionário de uma fazenda, roubou armas e veículos.
Além do quádruplo latrocínio (matar para roubar) em Ceilândia, é
atribuída a ele uma tentativa do mesmo tipo penal em 2020, ao invadir uma
chácara em Goiás para roubar e atingir um idoso com um machado.
O fugitivo possui condenação por duplo homicídio na Bahia. É considerado
foragido da Justiça também por crimes de estupro, roubo à mão armada e porte
ilegal de arma de fogo, acusação que à cadeia em 2013 no DF.
Após três anos, progrediu para o regime semiaberto e fugiu da cadeia. De
acordo com informação da Secretaria de Administração Penitenciária do DF, ele
não retornou ao sistema após uma saída temporária.
Em 2018, Lázaro foi preso pela polícia de Goiás, mas conseguiu escapar
novamente. Desde então, vinha sendo procurado pela polícia.
Existem atualmente contra ele quatro mandados de prisão cadastrados no
BNMP (Banco Nacional de Mandados de Prisão), administrado pelo CNJ (Conselho
Nacional de Justiça).
FOLHAPRESS
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