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Gasolina já é encontrada no Ceará a R$ 6,12; maior patamar deste ano.

O preço da gasolina fechou a semana encerrada no último dia 19 com máxima de R$ 6,12, no Ceará, segundo levantamento divulgado feito pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) na semana de 13 a 19 de junho. A última vez que o produto ficou acima de R$ 6 foi em março deste ano e, ainda assim, a máxima não chegou a tanto (R$ 6,03). O valor médio da gasolina no Estado está em R$ 5,76. São dois centavos acima do apurado na semana imediatamente anterior, mas uma alta de 21,26% em relação aos valores praticados na média de janeiro deste ano. O reajuste ao consumidor final ocorre mesmo com a recente queda nos preços praticados pela Petrobras nas refinarias.

No último dia 11, a estatal diminuiu em 1,9% o preço da gasolina nas refinarias e manteve o preço médio do diesel. Foi o segundo reajuste durante a gestão de Joaquim Silva e Luna na Petrobras. No anterior, feito em 1º de maio, a petroleira também reduziu o preço do diesel e da gasolina em 2%. Mas, apesar dos recuos, o valor médio da gasolina da Petrobras acumula alta de 37% neste ano.

A pesquisa realizada pela ANP em 179 postos de combustíveis, entre os dias 13 e 19 de junho, mostrou que a gasolina comum pode ser encontrada no Ceará com valores entre R$ 5,29 e R$ 6,12. A mínima foi registrada nos postos de combustíveis de Sobral, já a máxima nos de Itapipoca. Em Fortaleza, o preço da gasolina varia entre R$ 5,39 e R$ 5,89 e a média é de R$ 5,74.

Na semana imediatamente anterior, o preço médio no Estado era de R$ 5,74, mas podia oscilar entre R$ 5,39 e R$ 5,99. Há quatro semanas esses valores eram de R$ 5,35 e R$ 5,95, com média de R$ 5,71.



Aumento de preços no País

O cenário de alta não ocorre apenas no Ceará. Em todo País, já são pelo menos quatro semanas de majoração de preços ao consumidor final. A média nacional do último levantamento foi de R$ 5,68, um centavo a mais do que o registrado na semana anterior. Já o preço máximo permaneceu estável em R$ 6,89, usando a mesma base de comparação.

No Nordeste, o maior preço médio para a gasolina é o de Rio Grande do Norte (R$ 5,98), mas a gasolina mais cara é encontrada nos postos de combustíveis da Bahia (R$ 6,24).



'Combinação de fatores'

Mas se não está ocorrendo reajuste de preços nas refinarias, o que está por trás desta alta ao consumidor final? Na avaliação do consultor na área de petróleo e gás, Bruno Iughetti, dois fatores podem estar pesando nesta conta. O primeiro é que os postos podem estar aproveitando essa “trégua” da Petrobras para afrouxar o passivo acumulado que estava represado, já que em ocasiões anteriores, os percentuais de reajustes não chegaram a ser repassados na íntegra pelos postos.

E o outro ponto é que com as medidas de isolamento reduziu o movimento nos postos, o que também trouxe impacto ao faturamento dos postos e que estaria sendo compensado desta forma. “É uma combinação de fatores: o represamento de preços ao consumidor em função da competitividade e que agora está sendo repassado e também a queda da demanda”.

Ele também vê com preocupação a segurada nos preços pela Petrobras. “Preocupa porque já vimos isso ocorrer no passado e quando os preços foram liberados o impacto foi altíssimo ao consumidor. E a defasagem dos preços da Petrobras em relação aos valores praticados no mercado internacional já chega a 6%”

Porém, o economista Marcelo Leite entende que embora a paridade de preços seja importante, é preciso considerar a crise econômica em que o Brasil se encontra. “E os combustíveis têm exercido uma pressão significativa no custo de vida da população e na inflação”, afirma, apontando os reflexos do aumento nos litros de gasolina e diesel no dia a dia do cearense.

 

Fonte: O Povo

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