Em declarações na noite desta quinta-feira (6/5), o presidente Jair Bolsonaro chamou o Brasil de "republiqueta" por realizar eleições por meio eletrônico. Disse ainda que, se o Congresso aprovar voto impresso, esta será a maneira de realização das eleições de 2022, ou "não terá eleição". O chefe do Executivo atacou ainda o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Além de defender o voto impresso, o presidente voltou a dizer que pode editar um decreto para impedir a aplicação de restrições e anunciou passeio de moto (Foto: Reprodução/Facebook)
“Ele
é o dono do mundo, o Barroso. Ninguém mais aceita esse voto que tá ai. A única
republiqueta do mundo que aceita isso daí é a nossa. Se o parlamento brasileiro
aprovar e promulgar, vai ter voto impresso em 2022 e ponto final. Se não tiver
voto impresso, não vai ter eleição”, disse Bolsonaro.
Além
de defender o voto impresso, o presidente voltou a dizer que pode editar um
decreto para impedir a aplicação de restrições de circulação por governadores e
prefeitos. De acordo com ele, caso o decreto seja publicado, o STF não poderá
revogar. “Esse decreto, o Supremo não pode contestar. O Supremo é defensor da
Constituição. Se eu baixar o decreto, será cumprido. Todos os ministros vão
cumprir. O artigo 5º da Constituição está nas cláusulas pétreas", disse.
“Será
que está na hora de eu baixar o decreto, garantir o direito de ir e vir do
cidadão, direito de trabalho, direito de culto? Se for necessário, nós vamos
fazer esse dai”, completou o presidente.
O
presidente também anunciou que fará um passeio de moto no próximo domingo
(09/05) com cerca de mil apoiadores. "A gente não vai estar indo para
comunidade porque eu acredito que mais de mil motos vão se fazer presentes. Estou
muito feliz. Pessoal quer me acompanhar em um passeio. Todo mundo tem o direito
de ir e vir", afirmou Bolsonaro durante a transmissão semanal ao vivo.
Conforme disse o presidente, a concentração está prevista para acontecer na
Praça da Alvorada.
A
declaração acontece no mesmo dia do depoimento do atual ministro da Saúde,
Marcelo Queiroga, à CPI da Covid no Senado. Durante a sessão, o ministro foi
questionado sobre o incentivo e participação do presidente em eventos que
causaram aglomerações. Queiroga, entretanto, evitou implicar Bolsonaro nas
medidas de combate à disseminação do novo coronavírus.
"Todas
as situações de aglomerações contribuem para a disseminação do vírus",
disse o ministro hoje.
Durante
a transmissão, Bolsonaro também disse que irá participar no dia 15 do
"grande encontro em Brasília de produtores rurais". "Vem gente
do Brasil todo e eu já assumi que eu vou estar no meio deles. Não tem conversa.
Vou estar no meio deles e vou convidar os ministros meus, o presidente da
Caixa, do Banco do Brasil e do BNDES", disse Bolsonaro.
Com
informações portal Correio Braziliense
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