O Dia das Mães foi com aglomeração e festa para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Imagens do evento foram divulgadas nas redes sociais da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e de outros participantes.
Fábio Rodrigues Pozzebom/Agênica Brasil
Após realizar um passeio de motos com centenas de
apoiadores por Brasília, o presidente recebeu um grupo de amigos no Palácio da
Alvorada no domingo (9), para um churrasco de Dia das Mães.
Imagens do evento foram divulgadas nas redes sociais
da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e de outros participantes.
Em uma das fotos, parte do grupo -entre eles
Michelle e a filha do casal presidencial, Laura- aparece na área da
churrasqueira do Alvorada. Na imagem, os presentes não mantêm distanciamento
nem usam máscara de proteção facial.
O profissional responsável pelo churrasco também
publicou fotografias do evento em suas redes. Ele aparece m uma delas ao lado
de Bolsonaro. "Dia das mães com o nosso presidente Jair
Bolsonaro", escreveu o churrasqueiro. Bolsonaro não compartilhou
fotografias do churrasco em suas redes sociais.
Antes de receber o grupo na residência oficial, Bolsonaro realizou um
passeio de motocicleta por Brasília.
Ele mobilizou centenas de motoqueiros na manhã de
domingo, o que provocou aglomeração de apoiadores em frente ao Palácio da
Alvorada.
Ao final do passeio, Bolsonaro cumprimentou
apoiadores ao lado da entrada da residência oficial, contrariando mais uma vez
recomendações sanitárias para a contenção da Covid, que já matou mais de 420
mil brasileiros.
Bolsonaro afirmou que a caravana de motociclistas,
que percorreu as principais vias do centro de Brasília por cerca de uma hora,
era uma homenagem ao Dia das Mães. Ele disse ainda que espera fazer passeios
semelhantes em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
Desde o início da disseminação do novo coronavírus,
Bolsonaro tem falado e agido em confronto com as medidas de proteção, em
especial a política de isolamento da população. O presidente já usou as
palavras histeria e fantasia para classificar a reação da população e da
imprensa à doença.
Além dos discursos, o presidente assinou decretos
para driblar decisões estaduais e municipais, manteve contato com pessoas na
rua e vetou o uso obrigatório de máscaras em escolas, igrejas e presídios
-medida que acabou derrubada pelo Congresso.
No começo deste ano, quando os números já apontavam
para novo avanço da Covid no país, Bolsonaro afirmou que o Brasil estava
vivendo "um finalzinho de pandemia".
Bolsonaro também distribuiu remédios ineficazes
contra a doença, incentivou aglomerações, atuou contra a compra de vacinas,
espalhou informações falsas sobre a Covid e fez campanhas de desobediência a
medidas de proteção, como o uso de máscaras.
FOLHAPRESS
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