Em entrevista concedida ao jornal O POVO, publicada na edição de hoje (07/03) o secretário da Saúde do Ceará comenta sobre o ritmo de vacinação contra a doença no Estado, o avanço da pandemia e as medidas restritivas adotadas. Dr. Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, popularmente conhecido por Dr. Cabeto, completa este mês um ano de sua nomeação como secretário da Saúde do Ceará. A conversa ocorreu dois dias antes do anúncio de que Fortaleza adotaria medidas mais restritivas, mas na entrevista já estavam dados os indicativos e as perspectivas.
Na entrevista Dr. Cabeto também fala do cronograma de vacinação (Foto: Thais Mesquita).
“Na medida em que os números pioram, e eles vêm piorando, nós temos
aprofundado essas medidas. A discussão sobre fazer uma forma mais restritiva ou
não, depende do índice de criticidade. Se as curvas (de casos, óbitos e
internações) aplainam, mantemos as medidas como estão. Se elas pioram, essas medidas
são aprofundadas”, disse o secretário.
Dr. Cabeto
disse ainda que quando se determina medidas mais restritivas se leva em conta
alguns pontos o primeira deles é o nível de vulnerabilidade e complementa “além
de dados que estão crescendo de forma geral, tem a questão de manutenção de
insumos, material médico-hospitalar, medicamentos”.
Diz
também “estamos retrocedendo e é preciso as pessoas entenderem que é
necessário fazer esse sacrifício. Não existe economia sem uma pandemia
controlada, isso é uma realidade que todo mundo já sabe”.
O gestor
estadual da Saúde lembra que todas as pandemias passadas tiveram grande impacto
econômico e só tem um jeito de melhorar: “controlar a pandemia,
reduzir os números” e reforça “É preciso acreditar na experiência do passado e
acrescentar os aprendizados atuais. É preciso extremo bom senso e serenidade”.
Dr. Cabeto
também fala do cronograma de vacinação, mas o foco maior é o apelo a sociedade
brasileira. “Vamos enfrentar uma situação muito mais grave, afora se
a sociedade colaborar. É preciso uma compreensão cívica muito maior. Todos têm
de colaborar, todos têm que sair de sua zona de conforto; as instituições
públicas, instituições privadas, sociedade civil”, diz Dr. Cabeto.
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