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Mais de 29 mil pessoas por mês se recuperam da Covid-19 no Ceará, mas cuidados continuam.

O Ceará registrou, nesta terça-feira (30), 377.912 pacientes recuperados de Covid-19, de acordo com o IntegraSUS, plataforma da Secretaria da Saúde do estado (Sesa). A marca representa uma média de mais de 29 mil pessoas por mês que venceram a doença desde o início da pandemia, em março de 2020.

O quantitativo de recuperados faz parte das 534.983 confirmações no estado — dos quais 13.867 são óbitos. Entre casos com sintomas graves ou leves, ou assintomáticos, a pandemia segue afetando a rotina de quem tenta não se contagiar com o coronavírus, e principalmente, daqueles que fogem da reinfecção.

A aposentada Maria Onezia Alves, moradora de São Gonçalo do Amarante, na Grande Fortaleza, testou positivo para Covid-19 em maio de 2020, quando o estado vivia o pico da primeira onda. Pela experiência que ela deseja não repetir, cuidados como medidas restritivas ainda são aplicados, apesar do impacto emocional que trazem.

“Não tenho recebido meus filhos e netos em casa. Isso está muito difícil pra mim porque sou muito apegada a eles e essa falta afeta o meu psicológico. Todo dia a gente se fala pelo vídeo do telefone, mas não é a mesma coisa”, lamenta a aposentada de 65 anos.

“Nem no Natal e no meu aniversário, que eram épocas que nos reuníamos, a gente pôde fazer nada. Além disso, eu tinha o costume de visitar a minha irmã em Tauá, mas faz mais de um ano que não vou lá. Tem muita gente que tem que sair pra trabalhar e tá muito difícil, mas para quem tá em casa sem ver ninguém também não está fácil viu”, complementa Onezia.

‘Nunca tinha passado por uma virose dessa forma’

A preocupação com a possibilidade da reinfecção também afeta a rotina da advogada e professora Sarah Suzye, de 25 anos. Por isto, máscara de proteção, álcool em gel, e distanciamento social ainda são partes do dia a dia. Ela não desenvolveu sintomas considerados mais graves, como falta de ar e dor no peito, mas o período infectada foi conturbado.

“Eu nunca tinha passado por uma virose dessa forma, tão incapacitante. Eu não tive sintomas graves, mas mesmo assim, a dor de cabeça era muito diferente. A febre me deixava muito indisposta. Levantar da cama para fazer alguma coisa tinha de ser rápido, senão eu já ficava muito cansada. Então, foi rápida, mas não foi tão tranquila. Não chegou a ser conturbada, mas não foi na tranquilidade total. Era um incômodo muito forte”, revela Sarah.

A preocupação, inclusive, reacendeu um sinal de alerta para a jovem, especialmente devido à crescente de casos e óbitos no estado. “Quando estive doente, fiquei bem preocupada com a possibilidade de piorar. Após estar curada, o que se ouvia era que reinfecção não era algo comum, então fiquei ‘médio preocupada’, apenas. Hoje, com as novas variantes e notícias de vários amigos e conhecidos reinfectando-se, eu diria que o medo aumentou bastante. Vertiginosamente”, revela Sarah.

A sensação de tranquilidade seguida do retorno da preocupação mais intensa também perpassou por Maria Onezia. “Logo depois que fiquei boa, eu fiquei mais tranquila por causa dos anticorpos, mas agora zerou tudo né. É como se eu não tivesse pegue no ano passado. Ainda mais que dessa vez tá bem mais sério e os hospitais estão cada vez mais lotados. No começo o medo diminuiu, mas agora aumentou muito mais”, destaca a aposentada.

Camila Lima/Sistema Verdes Mares

Fonte: Portal G1 CE


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