Como se não bastasse a abertura de leitos em larga escala em função do crescimento exponencial da Covid-19, o Ceará tem agora um novo fator que atesta a gravidade da segunda onda da pandemia. A Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) solicitou o aluguel de oito câmaras frigoríficas para o "acondicionamento de cadáveres", ou seja, de pacientes que morreram após complicações clínicas.
O extrato de dispensa de licitação foi publicado nessa segunda-feira (15) no Diário Oficial do Estado (DOE). O orçamento disponível para locação dos itens do "tipo contêineres" é de R$ 212.850,00. A empresa For Life Locações e Serviços aparece como contratada.
Conforme o documento, as
câmaras frias atenderão a demanda do Hospital Geral de Fortaleza (HGF),
Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ) e Upas da rede.
Um trecho da publicação
justifica que a aquisição dos equipamentos se dá pelo "recrudescimento do
cenário de pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus
Sars-CoV-2".
Agravamento
O texto pondera que ao
fim da primeira onda, houve redução dos óbitos e de pacientes graves com
necessidade de ventilação mecânica, leitos de terapia intensiva ou
enfermaria. Atualmente, porém, a demanda por internação hospitalar
"tem se elevado exponencialmente", sugere o documento.
A plataforma IntegraSUS,
atualizada às 11h04 desta terça-feira (16), aponta que 92,47% das UTIs e 80,02%
das enfermarias do Ceará estão ocupadas. Ao todo, 28 unidades atingiram o
limite da capacidade de pacientes internados, como o próprio Hospital São
José.
Por Felipe Mesquita
Fonte: Diário do
Nordeste
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