O governador Camilo Santana prorrogou o decreto de isolamento social rígido até o dia 28 de março em todo o estado do Ceará. O anúncio foi realizado nesta sexta-feira (19) por meio de uma transmissão ao vivo nas redes sociais. Apenas os serviços essenciais têm autorização para funcionar durante o período.
Com a decisão, todas as medidas atuais continuam valendo por mais uma semana. O novo decreto entra em vigor na próxima segunda-feira (22), um dia após o fim do atual decreto, que acaba no domingo (21).
Atividades que ficam suspensas
·
bares, restaurantes e lanchonetes, permitido exclusivamente o funcionamento por serviço de entrega,
inclusive por aplicativo;
·
templos, igrejas e demais
instituições religiosas, com exceção de atendimentos
individuais;
·
museus, cinemas e outros
equipamentos culturais, público e privado;
·
academias, clubes, centros de
ginástica e estabelecimentos similares;
·
lojas ou estabelecimentos do
comércio ou que prestem serviços de natureza privada;
·
shoppings e centros comerciais, com exceção de supermercados, farmácias e locais que prestem serviços
de saúde no interior dos referidos estabelecimentos;
- estabelecimentos de ensino para
atividades presenciais, salvo em relação a atividades cujo ensino remoto
seja inviável: treinamento para profissionais da saúde, aulas práticas e
laboratoriais para concludentes do ensino superior, inclusive de
internato, e atividades de berçário e da educação infantil para crianças
de zero a três anos;
- feiras e exposições;
- funcionamento de barracas
de praia, lagoa, rio e piscina pública ou quaisquer outros locais
de uso coletivo e que permitam a aglomeração de pessoas;
- festas ou eventos de qualquer natureza;
- a prática de atividades
físicas individuais ou coletivas em espaços público ou privados abertos ao
público, salvo quanto aos jogos profissionais de campeonatos de futebol de
âmbito regional e nacional, desde que fechados ao público e atendidos os
protocolos sanitários previamente
estabelecidos;
Atividades
que podem manter o atendimento
- Setores da indústria e da construção civil;
- Meios de comunicação e telecomunicação de forma geral;
- Serviços de call center;
- Estabelecimentos médicos, odontológicos para serviços de
emergência, hospitalares, laboratórios de análises clínicas,
farmacêuticos, clínicas de fisioterapia e de vacinação;
- Serviços de drive-thru em lanchonetes e estabelecimentos
congêneres;
- Lojas de conveniência em postos de combustíveis, vedado o
atendimento a clientes para lanches e refeição no local;
- Lojas de departamento que possuam, comprovadamente, setores de
venda de produtos alimentícios;
- Comércio de
material de construção;
- Empresas
de serviços de manutenção de elevadores;
- Correios;
- Distribuidoras
e revendedoras de água e gás;
- Empresas
da área logística;
- Distribuidores
de energia elétrica;
- Serviço
de segurança privada;
- Estabelecimentos
bancários;
- Lotéricas;
- Padarias;
- Clínicas
veterinárias;
- Loja
de produto para animais;
- Lavanderias;
- Supermercados;
- Postos
de combustíveis;
- Funerárias;
- Bancos;
- Oficinas
e concessionárias exclusivamente para serviços de manutenção e conserto em
veículos;
- Empresas
prestadoras de serviços de mão de obra terceirizada;
- Centrais
de distribuição, ainda que representem um conglomerado de galpões de
empresas distintas;
- Restaurantes,
oficinas em geral e de borracharias situados na Linha Verde de Logística e
Distribuição do Estado;
- Praça
de alimentação do aeroporto;
- Transporte de carga.
Aumento de mortes por Covid-19
O número de mortes por
Covid-19 continua crescendo de forma acelerada no Ceará. Nos
primeiros 18 dias de março, a doença fez 958 vítimas. O número já supera o
total dos 28 dias de fevereiro, quando 939 pessoas morreram com Covid-19 no
estado.
Os dados da Secretaria da Saúde mostram
também que as mortes pela Covid seguem em crescimento pelo quarto mês seguido.
O mês mais letal da pandemia foi maio, quando quase quatro mil pessoas morreram
na pandemia.
As mortes por Covid-19 no desaceleraram entre maio e novembro, mas voltaram a crescer em dezembro e seguiram
acelerando nos dois meses seguintes. Em dezembro, o governador Camilo Santana
havia afirmado que as aglomerações ocasionadas em festejos de fim de ano haviam
influenciado no aumento de casos e mortes pela doença.
No Ceará, há 481 pacientes aguardando
leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) voltada à Covid-19 em todo o estado.
Além desse número, 365
pessoas com suspeita ou confirmação da doença aguardam vagas em leitos de
enfermaria.
O Ceará vem passando por uma segunda onda
de casos e óbitos provocados pelo coronavírus. A taxa de ocupação de leitos de
UTI de hospitais públicos em Fortaleza, nesta sexta, está em 95%, enquanto as
enfermarias estão com lotação de 89%.
Falta de vacinas.
Na
quarta-feira (17), o Ceará recebeu o 9º lote de
vacinas contra a Covid-19. A carga contém 187.400 doses da CoronaVac,
imunizante produzido no Brasil pelo Instituto Butantan, em São Paulo.
Até o meio dia desta quinta-feira (19), o Ceará já tinha aplicado 634.354 doses de vacinas contra a Covid-19 em
todo o estado. A informação foi divulgada no Vacinômetro da Secretaria da Saúde
do Ceará (Sesa).
Dessas, 451.041
doses foram destinadas para a aplicação da primeira dose do imunizante em
pessoas que fazem parte da primeira fase dos grupos prioritários, o que
equivale a 81,49% das doses distribuídas para a primeira aplicação.
Além disso, 183.313
pessoas foram imunizadas com as duas doses da vacina contra
o novo coronavírus e são consideradas imunes contra casos graves da doença, o
que equivale a cerca de 2% da população cearense.
Do G1
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