A subprocuradora Cláudia Sampaio Marques, que representa a Procuradoria-Geral da República no julgamento do acesso de Lula às mensagens da Lava Jato, afirmou que o ex-presidente “tem hoje em suas mãos um farto material relativo a opositores políticos”.
Integrante do MPF lembrou que hackers roubaram conversas de mais de 170 pessoas -- material está em posse do petista.
O presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Antônio Cruz/Agência Brasil; Theo Marques/FramePhoto/Reprodução.
Na sustentação oral que fez contra a validação da liminar concedida pelo ministro Ricardo Lewandowski que deu à defesa do petista acesso a mensagens trocadas entre o ex-juiz Sergio Moro e procuradores de Curitiba, Marques lembrou que os hackers acessaram conversas relativas a 176 pessoas — e que não é possível saber o uso que será feito desse material.
“Há material de Deus e o mundo, material do
Presidente da república, dos seus filhos, de vários ministros de estado e isso
sem contar as dezenas de pessoas que de um jeito ou de outro mantiveram contato
com essas, que tiveram seus sigilos violados”, afirmou.
Para a subprocuradora, as mensagens apreendidas
na Operação Spoofing são prova ilícita e a autorização por parte de Lewandowski
contraria o que vem sendo decidido pelo STF “há décadas”.
“O ex-presidente tem hoje em suas mãos um farto
material relativo a opositores políticos e não sabemos o uso que ele fará
disso”, disse a representante da PGR.
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