Em meio ao momento mais crítico da pandemia no país, que vê o número de mortes aumentar exponencialmente, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (26), que o governador que adotar medidas de restrições deverá pagar as novas rodadas do auxílio emergencial, numa clara alusão ao discurso negacionista que vem pregando desde o início da pandemia.
Vírus da Covid-19 já matou mais de 251 mil brasileiros.
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A fala ocorre no momento em que governantes locais
estudam e adotam medidas de fechamento para combater a disseminação do vírus,
que matou mais de 251 mil brasileiros desde o início da pandemia.
"O auxílio emergencial vem por mais alguns
meses e daqui para frente o governador que fechar seu Estado, o governador que
destrói emprego, ele é que deve bancar o auxílio emergencial. Não pode
continuar fazendo política e jogar para o colo do presidente da República essa
responsabilidade", declarou Bolsonaro durante visita às obras de
duplicação da BR-222, em Caucaia (CE).
Durante live semanal nesta quinta-feira (25),
Bolsonaro disse que a proposta estudada pelo governo é pagar o auxílio a partir
de março, por quatro meses e no valor de R$ 250. O pagamento da nova rodada do
benefício, segundo ele, é "para ver se a economia pega de vez, pega para
valer". Bolsonaro tem confundido a população, pedindo que a mesma cobre de
prefeitos e governadores o pagamento do auxílio, quando a responsabilidade do
pagamento, por lei, é do Governo Federal.
"A pandemia nos atrapalhou bastante, mas nós
venceremos este mal, pode ter certeza", disse no evento. "O que o
povo mais pede e eu tenho visto, em especial no Ceará, é (para) trabalhar. Essa
politicalha do 'fica em casa a economia a gente vê depois' não deu certo e não
vai dar certo", acrescentou.
Com informações do Estadão
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