O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira (13), durante coletiva de imprensa, que a vacinação contra a covid-19 deverá começar simultaneamente em todos os estados do país.
Segundo o secretário-executivo da pasta, Élcio Franco, os imunizantes
devem ser distribuídos assim que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) validar o uso emergencial.
A reunião da Anvisa que vai bater o martelo sobre os pedidos do
Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, e da
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceira com o consórcio
Astrazeneca/Oxford, será realizada no próximo domingo (17).
“É uma diretriz e nós iremos iniciar a vacinação simultaneamente nos 26
estados e no Distrito Federal. Então, não vai começar por um estado, ela
começará em todos os estados ao mesmo tempo. Isso dentro de uma gestão
tripartite, uma vez que quem executa a imunização é o município.
É feita distribuição logística para os estados, secretarias estaduais de
saúde, e destas para as secretarias municipais e para os postos de vacinação,
até termos a capilaridade em nossos 38 mil postos de vacinação”, informou. De
acordo com Franco, todos os 5.570 municípios receberão doses de vacinas,
começando pelas capitais.
“Estamos aguardando ansiosamente autorização para uso emergencial e
temporário das duas vacinas que foram solicitadas, a do Instituto Butantan,
vacina produzida pelo laboratório Sinovac; e a da Fiocruz, vacina produzida
pelo laboratório Astrazeneca em consórcio com Univesidade de Oxford”, destacou
o secretário-executivo.
As primeiras doses a serem distribuídas são de vacinas importadas: seis
milhões da CoronaVac (Sinovac/Instituto Butantan) e dois milhões de doses da
vacina da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz.
Nos próximos meses, por acordo de transferência de tecnologia, tanto a
Fiocruz quanto o Instituto Butantan vão produzir doses da vacina em território
nacional para dar continuidade ao plano nacional de imunização.
Questionado se o governo tem uma data para iniciar a vacinação, o
secretário-executivo disse que isso ainda não foi definido.
Requisição de seringas
Élcio Franco também informou que o governo federal fez uma nova
requisição administrativa de 30 milhões de seringas a empresas do setor, após
uma reunião com representantes da Associação Brasileira da Indústria de Artigos
e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios
(Abimo).
“Nessa reunião com a Abimo, ficou acertado que, por meio de requisição
administrativa, eles poderiam disponibilizar, até o final de janeiro, 30
milhões de seringas.
Lembrando que o tempo todo nossa preocupação foi em usar os excedentes
preservando os contratos [estoques] que haviam sido feitos com estados e
municípios.
Com as duas requisições administrativas, o governo afirma ter assegurado
60 milhões seringas, além dos estoques armazenados por estados e municípios. O
primeiro lote desta requisição deve ser entregue até o final de
janeiro.
Repasses
Durante a coletiva, o secretário-executivo do Ministério da Saúde
informou que desde o início da pandemia a pasta habilitou 19.517 leitos de
UTI e prorrogou outros 19.334. Além disso, habilitou 1.914 leitos de suporte
ventilatório.
Elcio Franco disse ainda que foram encaminhados mais de 306 milhões de
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para as redes de saúde.
Em relação aos testes, segundo a pasta, foram distribuídos 11,7 milhões
de kits RT-PCR, tendo sido realizados 8,6 milhões pela rede pública. Na rede
privada, foram processados 6,4 milhões.
Pandemia
Desde o início da pandemia no país, há 11 meses, os mortos em
consequência do novo coronavírus somam 205.964 e o total de infectados
soma 5,25 milhões de pessoas.
Foto: © Reuters/Michael Weber
Fonte: Agência Brasil
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