O Ministério da Saúde reafirmou, hoje (9), em nota, que todas as doses da vacinas contra o novo coronavírus que o Instituto Butantan produzir ou importar serão adquiridas pelo governo federal e distribuídas exclusivamente no Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo a pasta, técnicos ministeriais e representantes do laboratório
paulista reuniram-se ontem (8) para discutir a incorporação da CoronaVac ao
Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19.
Ao fim do encontro, ficou acertado que o governo federal terá o direito
de exclusividade de compra de todo imunizante que o Butantan produzir ou
importar. Além disso, caberá ao ministério disponibilizar a CoronaVac para os
26 estados brasileiros, mais o Distrito Federal, simultaneamente e
proporcionalmente ao tamanho da população de cada unidade federativa.
Esse contrato, no entanto, previa a compra inicial de 46 milhões de
unidades a serem entregues até abril deste ano e a possibilidade de aquisição
de mais 54 milhões posteriormente.
O valor total da compra passa de R$ 2.677 bilhões, incluídas todas as
despesas ordinárias diretas e indiretas decorrentes da execução contratual,
inclusive tributos e/ou impostos, encargos sociais, trabalhistas,
previdenciários, fiscais e comerciais, taxa de administração, frete e seguro,
entre outras.
O contrato já assinado estabelece que o pagamento seja realizado após a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) conceder ao laboratório o
registro ou a autorização para uso emergencial da vacina.
Nova reunião deve ser realizada nos próximos dias, com a participação do
ministro da Saúde e de representantes do Conselho Nacional de Secretários de
Saúde (Conass) dos estados e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de
Saúde (Conasems).
Ainda na quinta-feira, o governo de São Paulo, ao qual o Butantan é
vinculado, anunciou que os testes realizados no Brasil demonstram que a taxa de
eficácia mínima da vacina contra o novo coronavírus é de 78%.
De acordo com o governo paulista, entre os voluntários que participaram
dos testes e contraíram a covid-19, nenhum desenvolveu a forma grave da doença.
Também não foi registrada nenhuma morte entre eles.
Foto: © REUTERS/Thomas Peter
Fonte: Agência Brasil
0 Comentários