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Saúde e economia é desafio de prefeitos a partir de 01 de janeiro 2020

Bolsonaro dá mais um mau exemplo ao provocar aglomeração em praia da Baixada Santista.

O maior desafio dos prefeitos que tomam posse nesta sexta será enfrentar a sabotagem do presidente Jair Bolsonaro à saúde pública e à economia do Brasil. A fim de proteger a população dos seus municípios contra a covid-19, uma boa dose de realismo recomenda baixa expectativa em relação a algum tipo de ajuda do governo federal.

Em 2021, o coronavírus continuará a ser o principal inimigo sanitário e econômico do Brasil porque temos o pior político de nossa história na Presidência do país. Bolsonaro continuará a agir como genocida.

No fim de ano no interior de Minas, foi possível ver o tamanho do estrago que o mau exemplo do presidente causa à saúde pública. Em duas cidades próximas à capital mineira, boa parte da população não usa máscara e vive como se não houvesse pandemia. Homens são a maioria dos que não protegem o rosto.

Com um presidente negligentemente homicida que despreza recomendações científicas, os novos prefeitos deveriam promover campanhas de conscientização para uso da máscara e adoção de outras medidas de mitigação. O país enfrentará mais um ano de pandemia por culpa de Bolsonaro, que jogou o Brasil para o fim da fila na corrida planetária pela vacina graças à negação da ciência e à incompetência administrativa.

A realidade será dura. No curto prazo, não haverá vacina contra a covid-19 para todos os brasileiros. Não existe plano nacional de imunização digno do nome, mas uma enrolação do general Eduardo Pazuello, ministro da Saúde. Bolsonaro e Pazuello desprezaram acordos com laboratórios que permitiriam compras de grandes lotes de vacina para atender a população como um todo. Não há nem seringas e agulhas em número suficiente. Mais gente adoecerá e morrerá por culpa do presidente da República.

Bolsonaro também é responsável por aumentar o custo da conta econômica com a sua incúria assassina. É óbvio que vacinar logo seria pavimentar mais rapidamente o caminho da recuperação econômica. Enquanto outros países, inclusive da América Latina, imunizam as suas populações, o presidente mantém a sua campanha de desinformação contra a vacinação a todo vapor, prejudicando a saúde pública e a economia.

Com o fim do auxílio emergencial, que socorreu um terço da população brasileira ao longo de 2020, será mais difícil para os mais pobres fazer a travessia ao longo dos próximos 12 meses. A tragédia social, portanto, está apenas no começo. As cidades brasileiras vão sofrer mais em 2021.

Há expectativa sobre a possibilidade de uso em massa da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa chinesa Sinovac. Isso amenizaria o efeito da incompetência federal. A CoronaVac é uma aposta do governo de São Paulo.

Uma alternativa é a vacina da AstraZeneca, que será fabricada no Brasil pela Fiocruz. O governo federal se fiou apenas nesta opção, cometendo o erro de desprezar outros laboratórios de grande porte. Mas parece que é o que temos.

Nesse contexto, os novos prefeitos precisam fazer mais parcerias regionais e se articular com os governadores de seus estados para tentar obter mais rapidamente vacinas, seringas e agulhas. É prudente tentar novas negociações diretamente com empresas como a Pfizer e a Moderna. Bolsonaro e Pazuello não têm credibilidade para tratar com essas companhias.

Claro que prefeitos e governadores devem continuar pressionando o Ministério da Saúde a agir, mas cientes de que será difícil sair coelho dessa cartola.

Em resumo, os novos prefeitos devem priorizar a aliança de municípios e estados para enfrentar a reiterada sabotagem do presidente à saúde pública e à economia. Na prática, não há governo federal no Brasil. Apesar de Bolsonaro, é preciso encontrar um jeito de comprar mais vacinas, seringas e agulhas.

UOL

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