A Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), não recomenda que prefeitos articulem a compra de vacina contra a Covid-19 de forma isolada ou conjunta. Empossados no último dia 1º, alguns gestores têm manifestado nos meios de comunicação e nas redes sociais interesse em adquirir doses do imunizante em São Paulo, no Instituto Butantan.
Nilson
Diniz, presidente da Aprece, reconhece que desde o início desta semana há
movimentação nesse sentido e que já foi consultado por alguns prefeitos. Ele
revela que tem sido incisivo ao afirmar que os governos municipais não estão
capacitados para fazer esse tipo de compra. Ele argumenta ainda que não dá
certo cada prefeito no Brasil querer comprar a sua vacina, que terá preços
diferentes, e isso pode gerar um problema sério.
Para Nilson Diniz,
se o governo federal não fizer uma articulação e um plano único de imunização
nacional quem deve fazer são os governos estaduais. Outro aspecto apontado por
Diniz é a questão da legalidade dos atos administrativos de compra de vacina.
Para o médico e
pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Odorico Monteiro, a chance de
um prefeito do interior adquirir vacina e levar para o município é zero. Ele
lembra que é papel do Sistema Único de Saúde em suas três esferas executar o
Plano Nacional de Imunização, que é referência mundial.
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