O ano de 2020 teve, entre diversos desafios para população, um em particular que dificultou e muito a vida e o orçamento das famílias brasileiras: a alta no preço dos alimentos nos mercados e feiras livres. Este, no entanto, é um problema que deve se manter no início de 2021. É o que afirma André Braz, economista do IBRE (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Segundo Braz, alimentos que chamam atenção neste momento são o arroz, o
feijão, a carne e o óleo. O economista explica que o primeiro trimestre de cada
ano é muito afetado pelos alimentos in natura, os produtos de feiras livres,
como hortaliças, frutas e legumes, que sofrem influências de safra e,
principalmente, clima.
Segundo Braz, o preço do arroz, por exemplo, é um que pode começar a se
estabilizar a partir de janeiro e fevereiro, com a entrada de uma safra um
pouco melhor. “Isso já pode começar a fazer o preço recuar um pouquinho”,
explica.
Quando os preços voltam ao normal?
Braz afirma que o encarecimento de alimentos nas feiras livres não é um
fenômeno duradouro, mas sazonal. Ou seja, ele se dá neste início do ano, por
conta de condições climáticas que impactam na produção e, consequente, na
oferta dos produtos.
“Então eu diria que a passagem do ano não vai mudar significativamente a
conta de supermercado das famílias. Isso deve acontecer mais lentamente, e mais
para o final do primeiro trimestre do ano, lá em março. Aí sim, a gente pode
sentir uma diferença nas contas de supermercado, se tudo der certo”, completa
Braz.
Foto: PEXELS
Fonte: Portal R7
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