Faltando pouco mais de 50 dias para as eleições que definirão os próximos presidentes da Câmara Federal e do Senado, a movimentação nos bastidores já é intensa. Para o Senado, o nome de Tasso Jereissati (PSDB-CE) é o preferido entre os tucanos.
"O partido já vem fazendo esse pedido ao senador Tasso
desde o momento que o STF decidiu por não validar a reeleição do atual
presidente. No momento que o Supremo decidiu pela impossibilidade de reeleição
de Davi Alcolumbre (DEM-AP), o partido pediu que Tasso avalie colocar seu nome
à disposição", afirma o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo.
O
líder nacional dos tucanos diz que a sigla tem interesse em lançar um candidato
próprio, mesmo que Tasso não aceite concorrer ao pleito. Todavia, mostrou-se
aberto a dialogar, em caso de uma aproximação do PSD.
"Estamos
abertos a todo o processo de diálogo. Se Tasso não permitir a colocação de seu
nome, o PSDB vai continuar oferecendo um candidato. Quem sabe não é chegada a
hora de uma mulher, portadora de necessidades especiais, respeitada, como a
senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP)?", reflete.
Os
planos do PSDB podem acabar frustrando uma possível tentativa de aproximação do
PSD. O partido estuda lançar o nome de Antônio Anastasia (PSD-MG) e buscar
apoio do grupo tucano e de parlamentares insatisfeitos com a gestão de
Alcolumbre.
A
assessoria de imprensa de Anastasia informou que o senador segue aguardando uma
posição do nome que será escolhido pelo partido, e prefere esperar a decisão.
Outro
tucano que manifestou apoio à candidatura de Tasso foi o senador Plínio Valério
(PSDB-AM). O parlamentar fez coro ao que o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) já
havia declarado ao portal "O Antagonista", revelando que o "PSDB
insistiria na candidatura de Tasso Jereissati".
"Nós
do PSDB temos a disposição de entrar na disputa pela Presidência do Senado. O
melhor nome que temos é o Tasso. Estamos conversando com ele, que reluta em
aceitar a ideia.", relata Valério.
Na
última terça-feira, 7, a assessoria de imprensa de Tasso Jereissati informou que
o senador ainda não queria se manifestar sobre o assunto. Ontem, o parlamentar
não respondeu aos contatos feitos pela reportagem.
Além
da possibilidade de contar com o nome de Tasso e Anastasia, a disputa pela
presidência do Senado deve contar com os nomes de Major Olímpio (PSL-SP) e
Esperidião Amin (PP-SC).
Por
possuírem maioria na Casa, a disputa de maior peso político até o momento se dá
em torno de MDB e PSD. Com 14 representantes no Senado, o MDB estuda nomes como
o do líder do partido Eduardo Braga (MDB-AM) e de Simone Tebet (MDB-MS),
presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Fernando Bezerra
(MDB-PE) e Eduardo Gomes (MDB-TO) também estão na disputa interna, ambos podem
contar com o apoio do presidente Jair Bolsonaro.
O
Democratas, que atualmente possui a presidência das Casas do Legislativo,
articula com Alcolumbre o apoio ao nome de Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Outro
grupo que se articula visando as eleições de fevereiro é o "Muda
Senado". Em pronunciamento na última terça-feira, 8, o senador Eduardo
Girão (Podemos-CE) anunciou que o grupo deve escolher um candidato até a
próxima semana. O senador Álvaro Dias (Podemos-PR) é um nome que ganha força
entre os membros.
Com
informações portal O Povo Online
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