O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite desta quinta-feira (17) que a d ecisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de autorizar o poder público a impor sanções a quem não tomar a vacina contra a Covid-19 pode ter sido "uma medida inócua", porque o governo não tem como imunizar todos até o fim do ano que vem. Desta forma, quem eventualmente poderia ser atingido por medidas restritivas não teria como ser punido, por falta de acesso à vacina.
Presidente afirmou que posicionamento da Corte é inócuo porque governo não deve conseguir disponibilizar imunizantes para todos em 2021.
Agência Brasil
"Tomou uma medida antecipada, nem vacina
tem, não vai ter pra todo mundo", declarou Bolsonaro, durante
transmissão ao vivo na internet . "O que o Supremo decidiu? Se você
não quiser tomar vacina, eu, o presidente da República, os
governadores ou prefeitos podem impor medidas restritivas a você, [...] não
pode tirar passaporte, carteira de habilitação, pode botar em prisão
domiciliar, olha que lindo...", comentou, ao explicar a decisão para
apoiadores na live.
O presidente destacou que o único voto
vencido no julgamento foi o do ministro Kassio Nunes Marques , o
único indicado por ele na atual composição da Corte. Ele votou para que apenas
o governo federal tenha a possibilidade de impor as sanções: "nada mais
justo. Quando se fala em vacinação e saúde, tem que ter uma hierarquia".
Bolsonaro então apontou que haverá novos
prefeitos assumindo seus cargos no mês que vem e, como "a vacina não vai
estar pronta em dezembro", caberá a eles a decisão sobre a vacinação. Na
sequência, reclamou de quem reelegeu prefeitos que adotaram medidas restritivas
contra a pandemia do novo coronavírus, citando o de Belo Horizonte, Alexandre
Kalil (PSD).
"Você reelegeu o cara, ele fechou tudo.
Qual vai ser a atitude dele agora? Não sei. Mas você que escolheu ele. Então se
ele fechar e impor [sic] medida restritiva, problema é teu. Você não votou
nele? Não é assim a democracia?", afirmou.
Com informações de IG.
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