Levantamentos realizados pela Agência Brasileira de Inteligência apontam que nova explosão de casos deve ser severa, embora apresente sinais de que terá menor impacto que a primeira.
Levantamentos realizados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin)
apontam que a segunda onda do novo coronavírus no Brasil pode ganhar força
em dezembro deste ano, ou seja, nas próximas semanas. Oficiais de inteligência
avaliam o cenário, as eventuais ameaças do crescimento de casos em todo o país
e repassam as informações ao governo federal.
De
acordo com fontes da Abin ouvidas pela reportagem, já se avalia que o Brasil
está na rota de uma segunda onda devastadora, mas que pelos dados iniciais,
pode ter menos força que a primeira, que chegou ao país em março e permanece, em
menor escala, até os dias atuais.
De
acordo com avaliações de dentro da agência, o afrouxamento do isolamento
social nos estados e aglomerações decorrentes do período eleitoral devem
acelerar a transmissão entre a população e elevar o número de mortes por
covid-19.
“Uma segunda onda é
esperável, por diversos motivos (chegada à base da curva de casos, e
relaxamento das medidas de distanciamento, em nível pessoal, institucional e
social). Soma-se a isso a realização das eleições, cujos efeitos deverão ficar
mais visíveis em dezembro”, afirmou uma fonte da Abin ouvida pela reportagem.
Na última quarta-feira
(25/11), o país registrou 47 mil novos casos de covid-19 e 654 óbitos em
24 horas. A taxa de transmissão está em 1,3, de acordo com estudos do Imperial
College de Londres. Isso significa que cada 100 pessoas contaminadas, passam o
vírus para outras 130, acelerando a disseminação da doença.
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