O democrata Joe Biden foi dado como vencedor nas eleições presidenciais dos EUA neste sábado (7).
Donald Trump, o atual presidente, no entanto, também se declara
vencedor e não dá sinais de que deverá entregar o cargo. O ato nunca
ocorreu na história do país, por isso, todos se perguntam:
O que acontece se Trump se recusar a sair?
Até o dia 20 de janeiro —data da posse de Biden—, nada. Mas a partir
dessa data, ele pode ser tirado da Casa Branca a força.
Trump não é obrigado a reconhecer a derrota e fazer o tradicional
discurso do perdedor. Essa é mais uma tradição do que uma obrigação.
Entretanto, até o dia 20 de janeiro, ainda há processo eleitoral para
correr. E é nesse período que Trump pode de fato tentar reverter a situação.
Ele pode —e promete— tentar judicializar a eleição, semelhante à
eleição de 2000.
Nos EUA, a eleição é indireta, a população vota no colégio eleitoral e
esse colégio —composto por delegados que variam em números a depender do
tamanho do estado— é que definitivamente vota nos candidatos. Essa eleição
acontece dia 14 de dezembro.
Ao fim do dia da eleição, que foi dia 3, os colégios têm até uma semana
para fazer as contagens dos votos populares —prazo que pode ser estendido em
casos de recontagem. Dessa semana, que começa dia 10 de novembro, os colégios
têm até dia 11 de dezembro para certificar o resultado.
A casa então se reúne no dia 6 de janeiro com o presidente do Senado,
que no caso é o atual vice-presidente Mike Pence. Os votos são lidos e contados
em ordem alfabética por nomeados pela Câmara e pelo Senado. Pence então anuncia
o resultado e abre para escuta de objeções.
Uma vez anunciado o novo presidente, este toma posse no dia 20 de janeiro.
A partir desta data, sim, pode haver consequências reais para Trump se ele se
recusar a deixar a Casa Branca.
A partir de 20 de janeiro, Donald Trump se torna um cidadão
civil novamente, o que pode levá-lo até a perder sua conta no Twitter,
rede social que adotou como veículo oficial de seu mandato.
Biden, como novo presidente dos EUA, tem o poder sobre a Força Nacional
e pode então utilizá-la contra Trump.
Foto: CARLOS BARRIA/REUTERS
Fonte: UOL
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