O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) pediu nesta terça-feira (20) licença do cargo por 90 dias. Segundo a assessoria de imprensa do parlamentar, a medida é "irrevogável, irretratável e sem recebimento de salário no período”.
Por enquanto o filho dele, que é o suplente não assume a vaga.
Como o afastamento será menor que 120 dias,
não há previsão regimental de que o suplente assuma a vaga. Rodrigues é
suspeito de participar de um esquema de desvio de recursos destinados ao
combate ao novo coronavírus (covid-19).
Na semana passada, uma operação da Polícia
Federal com o apoio da Controladoria-Geral da União teve o parlamentar como um
dos alvos e apreendeu na residência dele R$ 33.150 em espécie. O dinheiro
estava escondido na cueca do senador. Os agentes também encontraram em um cofre
R$ 10 mil e US$ 6 mil.
Ontem, em nota divulgada à imprensa, a defesa
do senador afirmou que o dinheiro encontrado nas vestes íntimas se destinava
“ao pagamento dos funcionários de empresa da família do senador”.
Segundo os advogados Ticiano Figueiredo,
Pedro Ivo Velloso e Yasmin Handar, o parlamentar “está sendo linchado por ter
guardado seu próprio dinheiro”.
Perdas
Desde que o caso veio à tona, Chico Rodrigues
foi exonerado do cargo de vice-líder do governo e pediu para sair da comissão
externa do Congresso Nacional que fiscaliza os gastos no combate à covid-19.
Ontem (19), o senador também se
desligou do Conselho de Ética do Senado, onde é alvo de uma representação
protocolada pelos partidos Rede e Cidadania, que pedem a cassação do seu
mandato.
STF
O senador já estava afastado do mandato, por
90 dias, desde a última quinta-feira (15), por decisão do ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. A decisão seria apreciada amanhã
(21) pelo plenário da Corte.
Procurada pela Agência Brasil , a assessoria
do ministro Barroso disse que o magistrado “analisará o caso quando e se for
informado oficialmente da formalização da licença do senador”.
Agência Brasil
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