Com o objetivo de evitar a propagação da raiva no Ceará, a Campanha de Vacinação Antirrábica começa neste sábado (12) e segue até o fim de outubro. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMS), a meta deste ano é vacinar cerca de 80% de cães e gatos da capital.
Clique na imagem para ampliar.Conforme a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), o estado tem aproximadamente 1,6 milhão de domicílios com cachorros ou gatos, e 70% das residências tiveram ao menos um animal vacinado contra a doença no ano passado. As vacinas estaduais são fornecidas pelo Ministério da Saúde.
Segundo dados da Secretaria da
Saúde do Ceará (Sesa), foram vacinados quase 576 mil animais no estado no ano
passado. Já a SMS, registrou a vacinação de cerca de 438 mil cães e gatos em
Fortaleza em 2019.
Para o médico veterinário e
professor do Centro Universitário Fametro (Unifametro), Daniel Couto Uchoa, é
necessário realizar anualmente a vacinação contra a raiva, devido à doença ser
de alta letalidade.
Ele explica que o animal pode
contrair a doença em casos de ataque de um cão não vacinado, de um macaco ou
até mesmo de uma raposa. “Quase todas as pessoas ou animais que pegam raiva,
vem a óbito, daí a importância da vacinação anual para o controle e para não
ter casos de raiva”.
Precauções
Além disso, o médico veterinário
aponta a importância do animal estar com todas as outras vacinas em dia. Uchoa
diz que isso evita que “o proprietário tenha que gastar bem mais para tratar
uma doença que poderia ser prevenida por meio da vacinação nas datas corretas”.
O veterinário acrescenta que para
além das vacinas, a vermifugação também precisa ser realizada a cada três
meses. “Um cão mal vermifugado em casa pode transmitir zoonoses para a família,
principalmente para as crianças, idosas e mulheres grávidas, que é um grupo de
risco maior”, alerta.
Adoção na pandemia
Em abril deste ano, a gestora de
Recursos Humanos (RH), Priscilla Moura, 31, resgatou a cachorrinha Mag de uma
ONG de animais. “Eu decidi que queria adotar em vez de comprar. Meus cachorros
sempre foram adotados, nunca comprei, dessa vez não ia ser diferente”, explica.
Com apenas 45 dias de vida, Mag
passou dois meses em tratamento para doenças encontradas no olho e na barriga.
Após o período, o veterinário aplicou cinco vacinas no animal, como a da gripe
e raiva.
Priscilla aponta ainda que Mag,
hoje com seis meses, também tem cumprido a tabela para aplicação do remédio de
verme, e mensalmente, toma o comprimido para carrapato. “De grande importância
a questão das vacinas no período certinho, não só para a saúde do animal, mas a
nossa também”, pontua.
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