A redução dos índices de mortes e de contaminação por Covid-19 no Ceará deve formar a base de divulgação para que os turistas voltem ao Estado, segundo defendem alguns representantes do trade turístico local.
A ideia é que o
desempenho do Ceará no combate à disseminação pelo novo coronavírus seja levado
aos viajantes e ajude a atrair turistas nas próximas temporadas - as quais
devem ter os brasileiros como principais clientes.
O fomento e a
promoção do destino "Ceará" durante a retomada é uma forma de
restabelecer esse patamar vivenciado pelo turismo no ano passado, acredita a
presidente do Sindicato das Empresas Organizadoras de Eventos e Afins no Estado
do Ceará (Sindieventos-CE), Circe Jane Teles. Ela avalia que, se esse processo
for bem planejado e organizado, os resultados já serão aparentes em 2021.
A recuperação dos
voos também é uma preocupação dela. Para solucionar esses desafios, a
presidente do Sindieventos-CE aposta no trabalho conjunto entre a iniciativa
pública e privada.
"Precisamos
estar em sintonia, tanto o poder público quanto o privado, para entendermos
quais são os pontos favoráveis, como a gente pode colocar Fortaleza e outros
municípios, e o Estado como um todo, na prateleira do mercado de turismo e de
eventos", aponta.
O questionamento
deve guiar os debates promovidos pelo Conselho Empresarial de Turismo e
Hospitalidade do Sistema Fecomércio Ceará (Cetur), a partir de hoje (25), no
canal do YouTube da Fecomércio.
Ampla divulgação
Para seduzir esse
público nacional de turistas que vem avançando de forma tímida e atraí-lo a
novos destinos, o presidente do Sindicato Estadual dos Guias de Turismo do
Ceará (Sindegtur), Alberto Augusto, também aposta na ampla divulgação da
situação de segurança sanitária vivenciada pelo Ceará nesta fase da pandemia.
"Se nós
conseguirmos destacar isso diante do público do Brasil e até internacional, nós
vamos ter consequências favoráveis de que o turismo volte a passos mais
rápidos, mais largos. Por enquanto, ele está muito tímido, e o turismo local
muito avançado", afirma.
A alta temporada de
férias não deve potencializar de forma significativa o setor agora, segundo
Augusto. "O 'boom' só deve acontecer a partir da metade do ano que vem, se
a pandemia estiver em estágio controlado".
Outros potenciais
Mas, para tornar o
Ceará uma referência no turismo para os cenários nacional e internacional,
Circe Jane aponta ser necessário que as iniciativas pública e privada invistam
também em destinos que não envolvam somente sol e mar.
"Acho que a
gente tem que atrair novos equipamentos, resorts, além de também estabelecer um
foco no turismo diferenciado, não só de sol e praia, mas tem colocar pontos no
Ceará, como serra e sertão. Fazer o geoparque Araripe ter um fomento a mais de
fluxo turístico, ou seja, essas regiões que ainda não são contempladas com um
fluxo satisfatório. Precisamos divulgar nossas riquezas", reforça.
Augusto cita o
turismo direcionado à prática de esportes, além dos recursos naturais, como
possibilidade que deve ser analisada pelo segmento.
Por:
Diário do Nordeste
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