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"Conversinha mole de ficar em casa é para os fracos", diz Bolsonaro após 134 mil mortes por covid-19

Em um segundo evento no norte de Mato Grosso nesta sexta-feira (18), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) parabenizou os produtores agrícolas que não ficaram em casa durante a pandemia de Covid-19 e "não entraram na conversinha mole de ficar em casa".



Agência Brasil

Bolsonaro recebeu agricultores para entregar os títulos no palco. Muitos não usavam máscara. Em tom eleitoreiro à base de eleitores ruralista, ele substituiu seu slogan de campanha para: "Deus acima de tudo, Mato Grosso acima de todos".

"Vocês estão de parabéns, vocês são nosso orgulho", disse, emendando que a viagem ao estado lhe serviu para "entender da influência estrangeira nessa região", sem dar detalhes.

Tarcísio de Freitas, ministro da Infraestrutura, reiterou que o governo vai destravar os nós logísticos da região, dando ênfase à BR-163, uma das principais rotas de escoamento de grãos do Centro-Oeste, que liga a região a portos.

"A nossa responsabilidade é dar a logística. Em novembro, vamos assinar o contrato da ferrovia [de Integração] Centro-Oeste. Estamos trabalhando para resolver as questões da BR-163", afirmou.

A organização não tinha dados sobre o número de presentes em Sorriso. No evento anterior, a 85km dali, a estimativa era de cerca de 2.000 pessoas, dentre apoiadores, políticos e agropecuaristas. A região produz soja, milho, gado, feijão e algodão.

Em nenhuma das duas ocasiões, o presidente mencionou ações de combate aos focos de incêndio que atingem o Pantanal e outros biomas brasileiros. Apenas afirmou que isso acontece há vários anos.

Sinop e Sorriso ficam na Amazônia Legal, onde paira uma névoa de fumaça mesmo sem a presença de fogo nas fazendas próximas. É possível sentir cheiro de queimado mesmo no interior dos estabelecimentos.

Já no Pantanal, setembro de 2020 será o mês com maior número de queimadas já registrado na história, de acordo com dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Com explosão dos focos de calor em agosto e setembro, o Inpe registra mais de 15,8 mil focos no Pantanal desde o início do ano, o maior número no período desde 1999, quando iniciou o monitoramento. O primeiro semestre foi o de maior número de queimadas para o bioma, com 2.534 focos de incêndio, aumento de 158% em relação ao mesmo período de 2019.

Agravada por um período de seca na temporada de chuvas, a situação está descontrolada mesmo diante da atuação de brigadistas. Além de chuva abaixo da média para o período, as temperaturas aumentaram na região do bioma, com ventos que já vieram de regiões secas e quentes.

A Dema (Delegacia de Meio Ambiente) do estado investiga a ação humana para a alta nas ocorrências.

FOLHAPRESS.


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