A pesquisa reuniu o a opinião de 283 participantes, docentes na área do
direito lecionando em entidades públicas e privadas de todas as regiões do
país, sobre a suspeição do ex-juiz Sergio Moro, referente à sentença que
condenou o ex-presidente Lula no âmbito da operação Lava Jato
15 de agosto de 2020
Uma pesquisa de
iniciativa do “Projeto Suspeição em Suspenso”, divulgada neste sábado (15),
reuniu a opinião dos mais renomados juristas brasileiros sobre a suspeição do
ex-juiz Sergio Moro, referente à sentença que condenou o ex-presidente Lula no
âmbito da operação Lava Jato.
De acordo com o
levantamento feito com 283 docentes na área do Direito, lecionando em entidades
públicas e privadas de todas as regiões do país, com predominância nas regiões
Sudeste, 97,5% consideram que “na relação do juiz Sérgio Moro e a Força-Tarefa
da Lava Jato houve, de modo geral, violação ao dever de equidistância das
partes no processo penal, relacionado aos processos do ex-Presidente Lula”.
Apenas 1,7% dos professores consideram que a relação entre Moro e os
Procuradores não viola o dever de equidistância.
Para 80,9% dos
professores, o juiz Sérgio Moro não presumia o acusado como inocente antes da
instrução processual. Já para 19%, sim, antes da instrução processual, o juiz
presumia o acusado como inocente.A pesquisa também mostrou que 96,8% dos
entrevistados tiveram contato com as matérias do The Intercept Brasil”, que
revelou os bastidores da Vaza Jato. Apenas 3,8% responderam que não tiveram
contato.
A pesquisa também
indagou se “no caso do ex-Presidente Lula, o Juiz Sérgio Moro atuou com a
imparcialidade exigida do julgador para um julgamento justo no caso”. 97,88 dos
professores consideram que não, que não atuou com imparcialidade. Apenas 2,1%
consideram que sim.
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