Um estudo da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), coordenado pelo infectologista
Ricardo Sobhie Diaz, conseguiu eliminar o vírus HIV de um paciente que vivia
com o vírus há sete anos.
A pesquisa foi realizada com
pessoas que estavam com o vírus indetectável ou seja pessoas que têm a carga
viral baixa e não transmitem a doença. O estudo, que iniciou-se em 2013,
selecionou pessoas que viviam com o vírus indetectável e que estavam tomando os
coquetéis.
“A gente intensificou o
tratamento. Usamos três substâncias no estudo, além de criar uma vacina”, conta
Diaz. Foram usadas combinações variadas de remédios, além de uma vacina
produzida com o DNA do paciente.
Segundo o infectologista, a
próxima fase do estudo deve contar com 60 pessoas e vai incluir mulheres como
voluntárias, a primeira fase contou apenas com homens. A pesquisa está
paralisada por causa da pandemia do novo coronavírus no país.
Em entrevista a CNN, o paciente
com o vírus eliminado, que preferiu não se identificar, mostrou o teste para
diagnóstico do HIV realizado este ano, onde constava que ele tinha amostra não
reagente para HIV. “Eu me sinto livre”, diz.
Até hoje, dois casos de cura da
Aids foram reconhecidos pela comunidade científica: Timothy Ray Brown,
conhecido como “paciente de Berlim”, e Adam Castillejo, conhecido como o
"paciente de Londres”. Em ambos, eles foram submetidos a um transplante de
medula óssea. Por uma mutação rara, eles ficaram livres do vírus HIV.
A doença
no mundo
Segundo a Unaids, programa
conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, até dezembro de 2018, havia cerca de
37,9 milhões de pessoas em todo o mundo vivendo com HIV. Destas, cerca de 79%
conheciam seu estado sorológico positivo para HIV, ou seja, já tinha sido
diagnosticadas. Isso significa que cerca de 8,1 milhões de pessoas ainda não
tinham conhecimento de que estavam vivendo com HIV (não haviam feito o teste
para o diagnóstico).
Ainda segundo a Unaids, 32
milhões de pessoas morreram de doenças relacionadas à AIDS. Desde 2010, a
mortalidade relacionada à Aids caiu 33% em grande parte graças à evolução do
tratamento antirretroviral e ao maior acesso destas pessoas ao tratamento.
Com
informações CNN
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