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Sem passageiros, autônomos na rodoviária de Juazeiro sofrem com queda de 75% na demanda

Com o decreto governamental, a rodoviária de Juazeiro do Norte não recebe mais ônibus diariamente desde a metade de março. Antes movimentado, o terminal interligava o Cariri com Fortaleza com cerca de 10 viagens por dia, além de trechos para outras capitais nordestias e São Paulo.

Mototaxistas ainda frequentam o ponto ao lado da rodoviária (Foto: Guto Vital)

Sem movimento, trabalhadores autônomos que viam na circulação de passageiros uma fonte de renda, agora lidam com uma realidade diferente. Dos 13 pontos comerciais no terminal rodoviário, oito estão fechados. São restaurantes, mercantis, quiosques de materiais diversos e lanchonetes.

Dados do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), apontam que a busca por serviços de autônomos caiu 83% em Fortaleza, por exemplo.  Houve  1.260 buscas por esse tipo de serviço nos últimos quatro meses. No mesmo período do ano passado, foram 7.500 solicitações.

Cadeiras da rodoviárias servem como barreira para impedir entrada (Foto: Guto Vital)

A cadeia produtiva ficou prejudicada também com os autônomos do entorno da rodoviária. O taxista Nelson Gonçalves relata que, antes mesmo do vírus se espalhar, já estava difícil concorrer com o preço praticado pelos serviços de aplicativo. “Aqui somos 15 profissionais cadastrados no ponto, apenas 2 ou 4 vêm trabalhar diariamente após a pandemia”, lamentou.

Nelson diz ainda que ultimamente há dias de não fazer nenhuma corrida, ou apenas uma, no máximo. “Não temos esperança que essa situação se normalize nos próximos 3 meses”, destacou.

Dos 20 mototaxistas que fazem ponto ao lado da rodoviária, apenas dois passaram a trabalhar diariamente no local. É o caso de Lindiano Macêdo, 36 anos. “Venho porque não tenho outra fonte de renda para sustentar a família”, conta. Antes da paralisação, fazia de 10 a 12 corridas por dia, custando em média R$ 5,00 casa. Hoje transporte no máximo quatro pessoas. “Espero que volte logo ao normal, preciso colocar as contas em dia”, diz.

Felipe Azevedo-MISÉRIA.


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