A nuvem de gafanhotos que está na Argentina volta a preocupar agricultores no sul do Brasil. Com as temperaturas mais altas, a expectativa é de que ela possa chegar ao Rio Grande do Sul até a próxima quarta-feira (22).
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A expectativa é que a nuvem de gafanhotos possa chegar ao Rio Grande do Sul até a próxima semana. | Reprodução.
A previsão foi feita na tarde deste sábado
(19) à Agência Brasil pelo chefe da Divisão de Defesa Sanitária
Vegetal da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio
Grande do Sul, Ricardo Felicetti.
Por enquanto, a nuvem de gafanhotos está
estável, em Corrientes, na Argentina, a 130 quilômetros do município gaúcho de
Barra do Quaraí. As informações sobre os insetos estão sendo repassadas pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que acompanha a
situação com o órgão fitossanitário argentino.
“Com a elevação das temperaturas no Rio
Grande do Sul neste final de semana, estamos apreensivos, mas preparados para o
caso de uma eventual ocorrência da praga em território gaúcho. Temos um plano
operacional de emergência elaborado como Ministério da Agricultura”, explicou
Felicetti.
Alerta
Ele acrescentou que, apesar do estado de
alerta, hoje a tendência é que haja um deslocamento da nuvem para a província
de Entre Rios, na fronteira da Argentina com o Uruguai.
Embora não representem um risco direto para
os seres humanos, os gafanhotos podem, em grupo, causar grandes prejuízos
econômicos, devorando plantações em questões de horas.
Caso os insetos cheguem ao estado, Felicetti
avalia que o potencial de prejuízo é muito grande, especialmente em culturas
recém-plantadas como trigo e canola. Além delas, cevada , citricultura e
pastagens de inverno para gado de leite e engorda de gado de corte também
preocupam.
A orientação é que produtores rurais fiquem
atentos à chegada dos insetos e comuniquem sua presença imediatamente à
inspetoria de defesa agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária e
Desenvolvimento Rural ou ao escritório municipal da Emater mais próximo.
Recursos emergenciais
Na última sexta-feira (17), questões operacionais
foram discutidas com representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, do Ibama, da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio
Grande do Sul e da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis
Roessler.
“Falamos também sobre a questão dos recursos
emergenciais para trabalhar a supressão dos surtos de gafanhotos”, disse.
Paraguai
Uma segunda nuvem de gafanhotos, que está se
movimentando no Paraguai, também está sendo monitorada pelo Brasil, com menos
preocupação.
De acordo com o Serviço de Qualidade e
Sanidade Vegetal (Senave) do país vizinho, os insetos, que estavam em Madrejón
e 4 de Mayio, seguiram para o sudeste, em direção a Teniente Pico, no
departamento de Boquerón, também no Paraguai.
Agência Brasil
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