Os novos fatos revelados em matéria divulgada
nesta quinta-feira no Site Miséria sobre o assassinato do prefeito de
Granjeiro, João Gregório Neto, de 54 anos, o “João do Povo”, causaram grande
repercussão. Degravações de conversas telefônicas, cujas linhas estavam
grampadas por decisão judicial demonstraram toda uma trama ardilosa em prol do
crime revestido da mais completa conotação política de acordo com as
investigações da Polícia Civil e Ministério Público.
Inclusive, o chamado “Caso João do Povo” será
destaque na edição deste domingo do programa Fantástico da Rede Globo. Uma
equipe esteve na região do Cariri e levantou uma série de informações, também,
em Fortaleza na produção da matéria. Mesmo o inquérito policial e o processo
estando em segredo de justiça, alguns detalhes das conversações chegaram ao
conhecimento da Imprensa e da população causando repugnância.Prefeito João do Povo foi morto na véspera do Natal em Granjeiro (Divulgação)
São diálogos com pedidos recorrentes de
envolvidos no crime para sustentarem a tese de não terem conhecimento de nada e
mais a descoberta da intenção em matar outra pessoa em Granjeiro. Além disso, o
manifesto do desejo do ex-prefeito Vicente Tomé em ver o filho, Ticiano Tomé,
seguindo à frente da Prefeitura a qual assumiu com a morte de João do Povo.
Para o Ministério Público, com o objetivo de usar a máquina do município no
sentido de coagir testemunhas da investigação criminal.
O Delegado Regional de Polícia Civil de Crato,
Luiz Eduardo, até já tinha denunciado a correria dos protagonistas para apagar
provas do crime. Agora, as degravações revelaram o interesse na morte do
ex-assessor e braço direito do prefeito João do Povo, no caso Cléber Granjeiro,
como é conhecido Cicero Sebastião Vieira Freitas. Ele estava na linha de frente
cobrando a apuração dos fatos, punição dos autores do crime de pistolagem e
oferecendo caminhos para as investigações sem temer as ameaças.
Outras revelações são as presenças do prefeito
Ticiano Tomé e um vereador de Granjeiro numa festa promovida pelo Cabo Mayron,
apontado nas investigações como articulador do crime. No dia das prisões do
prefeito e do pai, Vicente Tomé, o militar já estava preso por ter lesionado
uma garota em Barbalha. Na manhã de quinta-feira (16) ele foi transferido de
uma sala no 2º BPM em Juazeiro para o presídio militar de Fortaleza estando à
disposição da justiça.
A polícia ainda não cumpriu novo mandado de
prisão contra Thyago Gutthyerre Pereira Alves, de 31 anos, residente em
Salgueiro (PE), que até já esteve preso e foi posto em liberdade, e mais José
Plácido da Cunha, de 53 anos. Este último reside em Maracanaú, também já esteve
preso e é irmão de Vicente Tomé. Seguem presos Anderson Maurício Rodrigues, e
Joaquim Maximiliano Borges, o “Max”, Wendel Alves de Freitas Mendes e Willyano
Ferreira da Silva. Já Francisco Rômulo Brasil Leal dos Santos e Geraldo
Pinheiro de Freitas cumprem prisões domiciliares.
Demontier Tenório-MISÉRIA.
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