Atos a favor e contra Bolsonaro ocupam lados opostos da Esplanada dos Ministérios (Foto: PMDF/Divulgação) |
A Esplanada
dos Ministérios em Brasília foi dividida para receber atos pró e contra o
governo do presidente Jair Bolsonaro ontem (21/06). Os manifestantes se
concentraram a partir das 9h e mais de 900 policiais militares, alguns a
cavalo, realizaram a segurança do local.
Os apoiadores de Bolsonaro se concentraram ao lado do Museu Nacional da
República e, acompanhados com carro de som, caminharam em direção ao Congresso
Nacional. "A cruz significa um pedido de intervenção política, para que o
presidente consiga manter a democracia e nos livre de tudo o que é
nefasto", afirmava um dos organizadores, de cima do carro de som.
Em meio aos
discursos, os apoiadores citavam passagens bíblicas e defendiam o impeachment
de juízes do Supremo Tribunal Federal (STF). "Estamos buscando a justiça.
Não estamos buscando fechar o Supremo. Queremos que a lei seja cumprida, os
mais de 20 pedidos de impeachment dos ministros do STF estão arquivados. Davi
Alcolumbre (presidente do Senado) tem que colocar isso na mesa e é isso que
pedimos. Não é nada fora da lei. O que queremos é praticar a justiça na nossa
nação. Deus há de salvar essa nação", alegava outro organizador.
A analista
de sistemas Keila Oliveira Silva, 46 anos, foi sozinha ao ato. "Nós
precisamos mostrar nosso apoio ao presidente, que segue uma política que
queremos, baseada na família e no patriotismo. O que o Supremo está fazendo é
uma vergonha, liberando presos e rasgando a Constituição. Não estão fazendo
ações que vão melhorar a nossa pátria. Por isso, estou aqui lutando. Não quero
deixar a zona que o Brasil está para os meus filhos", disse a moradora do
Tororó.
Com faixas
pedindo o impeachment do presidente Jair Bolsonaro, em defesa do Sistema Único
de Saúde (SUS) e contra o racismo, manifestantes contrários ao atual governo
percorreram o lado oposto da Esplanada dos Ministérios.
Entoando
gritos, como "Recua, fascista, recua. O poder popular que está na
rua", eles saíram do estacionamento em frente ao Teatro Nacional e
seguiram em direção ao Congresso.
O grupo
contra o governo do presidente pede a cassação da chapa de Jair Bolsonaro e
novas eleições. Para o professor de filosofia Diogenes Francisco de Sousa
Gomes, 33 anos, a campanha bolsonarista foi baseada na produção de fake news.
"Precisa de apuração para que os envolvidos sejam punidos. Além disso,
também sabemos que o governo apoia o fascismo e ataca minorias", pontua.
Os atos
ocorreram sem cenas de violência, com os dois grupos respeitando a divisão,
demarcada por viaturas e a polícia montada. Apenas quando as manifestações
caminhavam para a dispersão, houve um princípio de tumulto, logo controlado
pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), e com apoio dos organizadores
Com
informações portal Correio Braziliense
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