Opositores afirmam que Moro apresentou uma delação premiada.
A exoneração do diretor da Polícia Federal,
Maurício Valeixo, e a consequente saída do ministro da Justiça, Sergio Moro,
repercutiram de imediato no Senado, nesta sexta-feira (24). Além de fazer
críticas ao governo Jair Bolsonaro, dezenas de senadores foram às redes sociais
demonstrar preocupação com a independência da PF.
Foto:Reprodução/Senado |
Os
oposicionistas Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Humberto Costa (PT-PE) disseram
que o ministro Moro na verdade apresentou uma delação premiada, implicando o
presidente em vários crimes. Eles pediram uma investigação urgente e defenderam
até um pedido de impeachment contra o chefe do Executivo.
“Ao dizer que o presidente da
República quer alguém na PF com quem possa ‘colher relatório de informação’, o
ministro acusa formalmente de
grave crime de responsabilidade. É uma clara tentativa de obstrução de justiça.
É preciso urgente investigação sobre o tema”, opinou Costa.
O
senador Angelo Coronel (PSD-BA) levantou uma série de indagações sobre os
motivos que levaram o presidente da República a tentar interferir na
instituição policial da União:
“Moro
sai deixando claro que Bolsonaro quer interferir na PF. Por quê? Será que a
equipe atual descobriu algo que está incomodando o governo? E disse que
Bolsonaro quer alguém de sua confiança na PF para obter diretamente
informações. Qual objetivo disso? Não é papel da PF esse tipo de serviço”,
questionou.
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