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Em meio à pandemia, ídolos da Jovem Guarda pedem ajuda

16 shows de Wanderley Cardoso foram canceladosToda uma rotina de trabalho foi drasticamente alterada. Um dos primeiros segmentos econômicos no Brasil a ser afetado com o avanço do novo coronavírus foi o ramo de cultura e entretenimento. De uma hora para outra, a programação de shows foi suspensa. Inúmeros artistas, muitos deles com idade superior a 60 anos estão longe dos palcos e sem nenhuma renda. 


Ídolo da Jovem Guarda, Wanderley Cardoso é um destes trabalhadores que segue em situação complicada. Em entrevista à rede EPTV, afiliada da TV Globo em Campinas (SP), o cantor de 75 anos de idade comentou a situação complicada. 

Referência de um dos movimentos culturais mais populares da história do País, o cantor  precisou cancelar cerca de 16 shows para seguir as recomendações da quarentena. Com a parada brusca e a queda da renda, o artista teme não conseguir fechar os compromissos financeiros. 

“É muito difícil. A gente fica um pouco chateado de ficar dentro de casa, tem que respeitar a quarentena, eu sei, mas é complicado, eu, outros cantores, os músicos, a plateia, todos sofrem. (…) Infelizmente a gente já sente preocupação de não conseguir pagar as contas, já está acontecendo sim”, disse o músico. 

Das 16 apresentações, nove também seriam realizadas com parceiros de Jovem Guarda. Caso de Martinha, Os Vips, e Deny e Dino. A informação foi dada à reportagem do programa “Em Cena” pela empresária do cantor, Day Cardoso. 

Em vídeo publicado no final de março, Day denunciou a situação precária. “Eu não vi até agora, ninguém falar alguma medida para proteger esse pessoal. Não é só diretamente, é indiretamente também, É quem trabalha fazendo divulgação, cuidando dos sites, produtores, roadies. É muita gente que depende da música. Nossa ministra (a secretária especial de cultura, Regina Duarte), não vi nada dela falar até agora, nem pra classe dela que são os atores. Vai haver algum socorro para esse pessoal?

OUTRO DILEMA 
Segundo Day Cardoso, os músicos não se encaixam no auxílio emergencial de R$ 600 anunciado pelo governo federal para trabalhadores informais.”A maioria tem pequena empresa, porque é obrigado a dar nota fiscal quando faz um show, então não podem receber os R$ 600. Também não são aposentados, não podem fazer show. E aí, como é que fica? Esses artistas só querem passar essa quarentena com o mínimo de dignidade”, explicou a empresária. 

Quem também fez um desabafo à EPTV sobre as dificuldades com a falta de shows foi Agnaldo Timóteo, de 83 anos. O cantor cobrou o presidente Jair Bolsonaro. 

“Nós, artistas populares, também estamos apavorados. Muitos shows cancelados, mas as contas estão aí, nossos dependentes, nossos familiares também. Estamos pedindo ao senhor presidente. Lembre-se: Nós somos pessoas comuns, a exemplo de todos”, alertou Timóteo. 

É o caso de Ronald Antonucci, que integrou a dupla Os Vips junto com Márcio Antonucci. Ele informou que teve dez shows cancelados por conta da Covid-19.        
             
   (Diário do Nordeste)

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