Jair Bolsonaro
afirmou na tarde desta segunda-feira (27) que Moro terá que provar as acusações
feitas contra o presidente após sua saída da pasta do Ministério da Justiça no
último dia 24.
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O presidente disse
esperar que o Supremo Tribunal Federal (STF) analise o mais breve possível as
acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça.
“O ministro que saiu
fez acusações e é bom que ele comprove, até para minha biografia, tá ok? Agora,
o processo no Supremo é o contrário. É ele que tem que comprovar aquilo que ele
falou ao meu respeito. Eu espero que o Supremo Tribunal Federal (STF) analise
para tirar a dúvida. Uma acusação grave que foi feita a meu respeito. Seria bom
o Supremo decidir isso o mais rapidamente possível. E o (ex) ministro pode
apresentar as provas, se ele tiver, obviamente”, declarou Bolsonaro.
A pedido do
procurador Geral da República, Augusto Aras, o ministro Celso de Mello irá
decidir sobre a abertura de uma investigação sobre as denúncias feitas pelo
ex-juiz, que acusou o presidente de pretender fazer interferência política em
cargos técnicos na PF, que Bolsonaro quer ter acesso a relatórios de
inteligência e que o governo mentiu quando publicou a exoneração de Valeixo
como sendo a pedido. De acordo com o ministro, o ex-diretor da PF lhe contou
que foi pressionado a aceitar que a exoneração ocorresse dessa forma, mas não
tinha o desejo de deixar o cargo.
Aras pediu que seja
investigado se Moro fez acusações falsas a Bolsonaro. "A dimensão dos
episódios narrados revela a declaração de Ministro de Estado de atos que
revelariam a prática de ilícitos, imputando a sua prática ao Presidente da
República, o que, de outra sorte, poderia caracterizar igualmente o crime de
denunciação caluniosa", aponta o procurador-geral.
De acordo com Aras,
as diligências também devem apurar a suposta prática dos crimes de falsidade
ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa,
prevaricação, obstrução de justiça, corrupção passiva privilegiada, denunciação
caluniosa e crime contra a honra. Moro deve ser ouvido pelo Supremo e
apresentar documentos para comprovar as declarações. Após esse processo, Aras
decide se oferece ou não denúncia contra o presidente e demais envolvidos.
Fonte: Uol
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