A instituição de critérios técnicos para escolha de ocupantes de cargos
administrativos nos consórcios de saúde deixa muitos prefeitos em pé de guerra
com o Governo do Estado. O Ceará tem 21 consórcios de saúde que são
responsáveis pela administração de centros de especialidades odontológicas e
policlínicas regionais.
O cargo de presidente do consórcio é ocupado por um prefeito,
que é escolhido entre os gestores municipais de uma região administrativa. Os
cargos – como secretário executivo, diretor
administrativo-financeiro, diretor geral de policlínica e diretor geral de CEO,
são distribuídos entre aliados dos gestores municipais.
A definição dos cargos, com boas remunerações, dá mais poder
a quem dirige um consórcio, gera disputa e, ao mesmo tempo, conflitos com
adversários políticos. Como saída para melhorar o o atendimento da população
nas unidades de saúde administrativas pelos consórcios o governo do
estado determinou, por meio de um decreto, que a escolha dos cargos executivos
seja feita por critérios técnicos.
A decisão levou muitos prefeitos a se oporem à medida que faz
parte das ações de modernização da área de saúde instituídas pelo secretário
estadual Carlos Roberto Martins, o Dr. Cabéto. Os prefeitos ameaçam ir à
Justiça para derrubar essas mudanças e, a qualquer momento, baterão à porta do
secretário de Saúde do Estado para convencê-lo a alterar o processo de seleção
para preenchimento dos cargos administrativos dos consórcios, que são mantidos
com recursos estaduais.
A Associação dos Prefeitos do Ceará (Aprece) abriu, nessa
segunda-feira (6), o debate sobre os consórcios de saúde e espera, para esta
manhã, a confirmação de uma reunião com o secretário Cabéto para expor as
preocupações dos prefeitos com a nova sistemática de escolha dos ocupantes de
cargos executivos dos consórcios de saúde.
Fonte:Ceará Agora.
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