O Ministério
da Cidadania ainda não tem previsão de quando serão
atendidas as 494.229 famílias que, apesar de habilitadas para o Bolsa
Família, estão na fila para receber os benefícios. O problema
deve atingir, principalmente, a região Nordeste, onde, segundo
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), vivem 57% das
pessoas em situação de extrema pobreza no país. Consultado pelo Correio,
nesta quarta-feira (29/1), o ministério preferiu apontar problemas ocorridos
durante os governos petistas – o último deles terminou em agosto de 2016, após
o impeachment de Dilma Rousseff.
“O programa apresentou, em
2019, uma média nacional de 494.229 famílias inscritas no Cadastro Único e
habilitadas para entrar no Programa. Importante ressaltar que o Bolsa Família
apresentou, durante todo o governo do PT, fila de espera para entrada no programa”,
disse a pasta, por meio de nota.
“Em 2017, se iniciou o
processo de zerar a fila, garantido a entrada de famílias em até 45 dias após a
inclusão e análise dos dados inseridos no Cadastro Único”, diz outro trecho do
comunicado.
órgão admitiu que, nos
últimos meses, “houve redução do número de inclusões de famílias, o que deve
ser normalizado com a conclusão dos estudos de reformulação do Bolsa Família”.
Porém, apesar de questionado, não respondeu quando esses estudos estarão
concluídos.
O ministério informa
também que o número de beneficiários flutua mensalmente, por conta dos
processos de inclusão, exclusão e manutenção de famílias. Segundo o órgão, os
cancelamentos estão relacionados aos procedimentos de averiguação e revisão
cadastrais, fiscalização, desligamentos voluntários, descumprimento de
condicionalidades, e superação das condições necessárias para a manutenção dos
benefícios.
Em 2019, foram gastos R$
32 bilhões com o Bolsa Família. A previsão para 2020 é de R$ 29 bilhões, mas o
governo diz que a reformulação do programa vai prever aumento dos recursos.
Fonte: Correio Brasiliense.
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