Outros 15 policiais
envolvidos na “Tragédia de Milagres” foram afastados preventivamente pela
Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema
Penitenciário (CGD). A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado do
Ceará (DOE-CE), nesta segunda-feira (23). Ao todo, 19 policiais são
investigados pelo episódio e foram afastados da Polícia Militar do Ceará
(PMCE). Todos respondem a processos administrativos.
Na madrugada do dia 7 de
dezembro de 2018, um grupo criminoso armado e com reféns tentou assaltar duas
agências bancárias da cidade de Milagres, na Região do Cariri do Ceará. Houve
intensa troca de tiros e 14 pessoas morreram. Segundo a Secretaria da Segurança
do Ceará, das 14 vítimas, seis eram reféns e outras oito criminosos. Dos
reféns, cinco da mesma família.
Investigados
De acordo com a portaria
da CGD, oito PMs da 3ª Cia do 2º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e da 3ª Cia
do 2º Batalhão de Polícia Militar (BPM), são suspeitos de matar dois supostos
assaltantes das agências bancárias. Uma outra composição da 1ª Cia do 4º
BPChoque, composta por quatro policiais, também é suspeita de participar do
assassinato de um dos suspeitos.
Dois agentes
pertencentes à 1ª Cia e à 2ª Cia do 3º BPChoque, respectivamente, foram
afastados por disparar os tiros de fuzil que mataram cinco reféns identificados
como Cícero Tenório dos Santos, Claudineide Campos de Souza, Gustavo Tenório
dos Santos, João Batista Campos Magalhães e Vinícius de Souza Magalhães.
Um cabo, também da 1ª
Cia do 3º BPChoque, é investigado por fraude processual, suspeito de apagar
imagens das câmeras de monitoramento de um estabelecimento comercial horas após
a tentativa de assalto às duas agências bancárias, que seriam atacadas pela
quadrilha.
O Diário Oficial do
Estado já havia publicado no dia 13 de dezembro o afastamento de quatro
oficiais por suspeita de participação na “Tragédia de Milagres”. As decisões
foram divulgadas um ano após o crime.
Três oficiais também
foram afastados pela suspeita de fraude processual. Entre eles, o secretário da
Segurança do Município de Milagres, que teria mantido contato com um dos
tenentes "com o objetivo de alterar a cena do crime e induzir em erro a
conclusão da perícia forense", conforme a decisão.
Segundo a CGD, outros
dois oficiais investigados teriam participado da eliminação das imagens das
câmeras de monitoramento da região e comandado a equipe que atirou com fuzis
contra os suspeitos de atacar os bancos e também contra os cinco reféns,
respectivamente.
Fonte: G1 CE
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