Pesquisa divulgada nesta
quarta-feira (8) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que 59%
dos entrevistados reconhecem que é preciso reformar a Previdência, e que 72%
concordam que deve ser
estabelecida uma idade mínima para a aposentadoria.
Embora a maioria dos entrevistados concorde com a
adoção de uma idade mínima, é grande a parcela dos que defendem aposentadoria
em idades muito baixas. Para 80% das pessoas ouvidas, a aposentadoria deveria
ocorrer com 60 anos ou menos. Os que acreditam que a aposentadoria deveria
ocorrer a partir dos 61 anos são 19%.
A pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira –
Reforma da Previdência mostra que apesar de mais da metade dos entrevistados
reconhecer que é preciso mudar as regras da Previdência, os brasileiros não
estão bem informados sobre a atual proposta de reforma.
De acordo com a pesquisa, apenas 36%
responderam ter conhecimento amplo ou conhecer os principais pontos do texto,
que está em discussão no Congresso Nacional. Entre os que dizem conhecer a
atual proposta, 51% são contra e 39% são a favor a proposta.
O levantamento mostra ainda que 63% dos homens são
mais favoráveis a reformar a Previdência, enquanto o percentual entre as
mulheres é de 54%. Entre os que têm renda familiar acima dos cinco salários mínimos,
73% avaliam que é necessário fazer mudanças nas regras da previdência. Entre
aqueles que recebem até um salário mínimo, 51% acreditam que o sistema precisa
mudar.
Para 33% dos entrevistados, as regras da
Previdência deveriam mudar apenas para quem ainda não contribui para o sistema,
e 26% concordam que o sistema deve mudar para quem já contribui, mas ainda não
se aposentou.
Os dados mostram que 77% acreditam
que é dever da sociedade garantir um salário mínimo a todos os idosos de baixa
renda, inclusive àqueles que nunca contribuíram para a Previdência.
Perguntados se estariam dispostos a pagar mais
impostos para manter as atuais regras da previdência, 83% responderam que não.
A pesquisa foi feita em parceria com o Ibope
Inteligência. Foram ouvidas 2 mil pessoas em 126 municípios entre os dias 12 e
15 de abril. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o grau de confiança é
de 95%.
(Agência Brasil)
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