Os sacerdotes da Igreja Católica no Brasil não
estão de acordo com os rumos do governo Bolsonaro. A Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB) emitiu uma “mensagem ao povo brasileiro“, durante a 57ª
Assembleia Geral, na qual alertam o país sobre o aumento das desigualdades
sociais, o nível da violência - sobretudo o aumento dos casos de feminicídio -
e da nova política de flexibilização do porte e posse de armas.
O documento
liberado pela CNBB critica fortemente o decreto assinado pelo presidente
da República, Jair Bolsonaro (PSL), que flexibiliza o porte de armas de
fogo para um conjunto de profissionais. Entre os beneficiados estão
advogados, caminhoneiros, conselheiros tutelares, jornalistas e
políticos eleitos.
“O
verdadeiro discípulo de Jesus terá sempre no amor, no diálogo e na
reconciliação a via eficaz para responder à violência e à falta de segurança,
inspirado no mandamento ‘Não matarás’ e não em projetos que flexibilizem a
posse e o porte de armas”, diz um trecho do documento.
Violência
Os bispos chamam a atenção para os
“níveis insuportáveis” de violência. “Aos nossos ouvidos de pastores chega o
choro das mães que enterram seus filhos jovens assassinados, das famílias que
perdem seus entes queridos e de todas as vítimas de um sistema que
instrumentaliza e desumaniza as pessoas, dominadas pela indiferença”, cita o
documento.
O episcopado
menciona os problemas do feminicídio, do “submundo” das prisões e da
criminalização dos defensores dos Direitos Humanos.
A nota chama
a atenção para o crescente desemprego instalado no Brasil, “outra chaga social,
ao ultrapassar o patamar de 13 milhões de brasileiros, somados aos 28 milhões
de subutilizados”. Segundo o episcopado, é necessário preservar os direitos dos
trabalhadores.
(Fonte: Uol).
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