Reconhecimento é
primeiro passo no processo de canonização. Na próxima faze, é preciso que o
religioso seja declarado beato, e só então, santo.
A comunidade católica
pernambucana recebeu, nesta segunda-feira (8), uma notícia há muito esperada.
Depois de quase sete anos, o Vaticano autorizou a promulgação do decreto no
qual reconhece as virtudes heroicas do Frei Damião de Bozzano e de outros
religiosos. Com isso, o religioso ganha o título de venerável, e o processo de
canonização avança para as etapas seguintes. Na próxima fase, será avaliada a
possibilidade de que ele seja declarado beato e, ao final de todo o processo,
santo.
“O povo já proclama Frei
Damião santo por tudo que ele viveu nas missões e no dia-a-dia da população
pobre do Nordeste, mas a Igreja mantém a salutar cautela dos estudos da vida e
das obras dele, antes e depois da morte, para declará-lo santo”, explicou o
arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido. “Continuemos rogando a
Deus para que nos dê a graça de alcançar a canonização de Frei Damião”,
comentou o arcebispo.
O processo, que tramita
na alta cúpula do Vaticano, é demorado e requer farta documentação. No Recife,
o capuchinho frei Jociel Gomes é o responsável pelo encaminhamento dos
documentos e relatórios referentes à solicitação, iniciada no dia 28 de junho
de 2012.
Caminho da canonização
Para declarar uma pessoa
santa, o bispo local precisa solicitar a abertura de um processo na Congregação
do Vaticano para as Causas dos Santos a partir de estudos de detalhes da vida e
das obras da pessoa a ser declarada santa elaborados pelo postulante. Após a
reunião do material, ele é encaminhado para o Vaticano que, ao analisar o
compêndio, vai reconhecer ou não as virtudes heroicas do candidato. Em caso
positivo, ele é declarado venerável.
O título significa o
reconhecimento da Igreja de que a pessoa teve uma vida especialmente sagrada ou
foi martirizada por sua fé. Em seguida, mediante a comprovação do primeiro
milagre em um processo extremamente rigoroso, a pessoa é beatificada. Caso o Vaticano
reconheça um segundo milagre, o Papa nomeia-o santo, concluindo assim a
canonização, que atribui à nova santidade um dia de festa (normalmente na data
de sua morte, que é quando, para o católicos, se nasce para a vida no céu), o
que também permite que igrejas sejam nomeadas em sua honra.
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